Resgate da MPB

Bares: artistas querem que música ao vivo seja reconhecida como patrimônio cultural de Goiânia

Artistas querem que música ao vivo em bares de Goiânia seja considerada patrimônio cultural. Membros…

Carros na região da Praça Tamandaré em Goiânia no final da década de 1970 onde havia concetração de bares
Artistas querem que música ao vivo em bares de Goiânia seja considerada patrimônio cultural. Na foto a região Tamandaré onde havia vários bares com música ao vivo (Foto: Autor desconhecido - Acervo de Carlos William Revista Bula)

Artistas querem que música ao vivo em bares de Goiânia seja considerada patrimônio cultural. Membros do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de Goiânia devem se reunir com o secretário municipal de Cultura, Zander Fábio, na próxima sexta-feira (22) na tentativa de avançar com a pauta.

A solicitação é para o que os artistas chamam de resgate da memória do movimento musical cultural da MPB em Goiânia. Segundo argumentam, o movimento ocorrido nas décadas de 1970, 80 e 90 em bares de capital era pujante. A cidade era conhecida como  a capital brasileira da música ao vivo nos barzinhos.

Com isso, eles solicitam que Goiânia seja considerada a capital da MPB ao vivo nos bares, com declaração oficial de bem do patrimônio cultural imaterial, com tombamento e registro no Livro de registro dos bens históricos, artísticos, folclóricos, bibliográficos, iconográficos, toponímicos e etnográficos.

A cidade chegou a ter uma média de 40 bares, que lotavam, atraindo gente de Goiânia, das cidades do interior e de outros estados, com MPB nacional e produções goianas do estilo musical.

Música ao vivo em bares de Goiânia fomentou festivais de MPB

Conforme argumentam os membros do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de Goiânia, os festivais de música daquele período influenciaram no surgimento e consolidação da MPB ao vivo nos bares de Goiânia.

Isso, de acordo com eles, ajudou a fomentar a realização de eventos como o Festival Universitário da UFG, o Gremi, de Inhumas, e o ComunicaSom, ocorridos entre meados dos anos 60 e o início dos anos 80.

Tais festivais propiciaram o aparecimento de artistas como Marcelo Barra e Rinaldo Barra, João Caetano, Lucas Faria, Genésio e Juraíldes, Chico Aafa, Valter Mustafé, Tonzera, Bororó, Charles D´Artagnan, Fausto Noleto, entre outros.