Conselho tutelar da região norte de Goiânia corre risco de despejo, diz conselheiro

O conselheiro tutelar Valdivino Silveira afirma que o conselho tutelar da região norte de Goiânia local corre risco de fechar as portas. Segundo ele, há cerca de oito anos houve um despejo por falta de pagamento de aluguel em outro imóvel, o mesmo motivo que ameaça a nova unidade. A prefeitura, por sua vez, informa que a “ordem de pagamento do contrato foi emitida para normalização, respeitando os prazos normais de tramitação dos processos”. Confira a nota no fim da matéria.

Ainda de acordo com Valdivino, a prefeitura de Goiânia não paga aluguel do espaço de atendimento às famílias há quase um ano. “Em agosto completa 12 meses que a prefeitura não paga ao dono do prédio.” Atualmente, a sede da unidade fica na divisa do Urias Magalhães com o setor Jardim Diamantina, “o centro da região norte”.

O conselheiro diz que o prédio é muito bom, comporta seis conselheiros, quatro profissionais administrativos mais motorista. Além disso, tem espaço reservado para assistente social e psicólogo, apesar do município nunca ter ofertado, segundo ele. Ele aponta, inclusive, que os utensílios e móveis foram todos comprados pelos conselheiros. “Somente os computadores foram doados pela prefeitura.”

Ao todo, cerca de 100 pessoas são atendidas diariamente. “Se formos despejados, vamos levar as mesas para rua para atender as pessoas, como fizemos da outra vez”, lembra o conselheiro que está na região há dez anos. “Estávamos tentando manter em sigilo para o município regularizar, mas acredito que o proprietário já tenha acionado a Justiça.”

Para ele, também seria um enorme prejuízo financeiro para a prefeitura perder o local que está o conselho tutelar da região norte, pois o aluguel é abaixo do preço de mercado. “O valor é metade do que o dono cobraria de um particular”, faz um apelo por solução.

O Mais Goiás pediu nota para a prefeitura de Goiânia. O município, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social (Sedhs), informou que “o contrato de locação do prédio que abriga o Conselho Tutelar da Região Norte passou pelos devidos trâmites de renovação após vencimento”. Além disso, afirmou que a “ordem de pagamento do contrato foi emitida para normalização, respeitando os prazos normais de tramitação dos processos”.