Deputado quer tornar Legendários Patrimônio Cultural de Goiás
Também tramita na Casa uma proposta para dar cidadania goiana ao fundador do movimento

Tramita na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) um projeto para reconhecer o movimento cristão Legendários como Patrimônio Cultural Imaterial goiano. O deputado estadual Coronel Adailton apresentou a proposta durante sessão extraordinária de quinta-feira (3).
Conforme descrição em seu site, o Legendário é um “movimento que busca a transformação de homens, famílias e comunidades por meio de experiências que levam os homens a encontrar a melhor versão de si mesmos e seu novo potencial”. Caso a proposta de Adailton passe, ela passará a integrar o calendário oficial do estado.
Mas este não é o único projeto relacionado ao Legendários em Goiás. Há um mês, o deputado estadual Paulo Cezar Martins (PL) propôs a concessão de títulos de cidadão goiano para o fundador dos Legendários, Chepe Tupzu, pastor guatemalteca; e o diretor do movimento em Goiás, Nelson Ruela de Lima.
Tanto Adailton quanto Paulo Cezar participaram de imersões do grupo. Além deles, também estiveram em eventos do Legendários o deputado federal Ismael Alexandrino (PSD) e o ex-prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha (PSD).
Legendários em Caldas
O grupo Legendários publicou um vídeo nas redes sociais em que afirma que vai operar em Caldas Novas para “resgatar” o município da boemia. “Caldas Novas vai viver algo inédito. Por muito tempo, essa cidade foi marcada por lazer e boemia. Mas agora, uma nova história está sendo escrita”, diz a postagem. “De 13 a 16 de agosto, homens vão subir a montanha para 4 dias de confronto, verdade, propósito e transformação”.
Na internet, o evento foi alvo de desaprovação. “O ser humano anda doente demais. Religião agora ficou rentável. Inventam uma após outra, e são religiões cheias de julgamentos e preconceitos, são os donos da verdade”, escreveu uma internauta. “Me desculpem os devotos e verdadeiros fiéis, mas isso virou business”, opinou outra.
Outros comentários criticaram o suposto uso da fé para convencer a adesão de mais homens ao retiro. “Resgatar valores que podem ser pagos via PIX ou boleto bancário. Pior do que fazer a fé virar negócio, é só essa roupinha que eles usam”, disse um crítico. “Fazem qualquer coisa por dinheiro, até enganar usando a fé como instrumento”, comentou outra.
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