Hacker Delgatti se recusa a responder Flávio Bolsonaro na CPI dos Atos Golpistas
"Lamento sua vinda. Mentindo. Suas falas são completamente desqualificadas", disse o senador
O hacker Walter Delgatti Neto, que participa da CPI dos Atos Golpistas, nesta quinta-feira (17), decidiu ficar em silêncio por orientação do advogado no período da tarde. Na vez do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro, questioná-lo, ele se recusou a responder.
Entre outras coisas, Flávio questionou se o hacker levava alguma vantagem nas falas anteriores, comprometedoras a Bolsonaro. A resposta foi: “Ficarei em silêncio.”
Flávio questionou, ainda, a data em que ele esteve no Ministério da Defesa, sobre o conhecimento dos testes feitos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas urnas eletrônicas e mais. Ele também perguntou quem paga o salário do advogado de Delgatti, que continuou em silêncio.
Irritado, o filho do ex-presidente afirmou que, se fosse parlamentar de oposição, pediria a prisão do hacker por mentir. “Lamento sua vinda. Mentindo. Suas falas são completamente desqualificadas.” Na entrevista seguinte, o depoente manteve o silêncio.
Vale citar, pela manhã, o hacker afirmou que Bolsonaro assegurou que concederia um indulto a ele, caso fosse preso ou condenado pela atuação envolvendo urnas eletrônicas. A promessa teria sido feita em reunião no Palácio da Alvorada, perto das eleições de 2022.
Quando a relatora Eliziane Gama (PSD-MA) perguntou se ele recebeu garantia de proteção do ex-presidente, ele afirmou que sim. “Sim, recebi. Inclusive, a ideia ali era que eu receberia um indulto do presidente. Ele havia concedido um indulto a um deputado federal. E como eu estava com o processo da Spoofing à época, e com as cautelares que me proibiam de acessar a internet e trabalhar, eu visava a esse indulto. E foi oferecido no dia.”