ENQUANTO HOUVER QUARENTENA

Matéria prevê redução de mensalidade da rede privada de ensino

A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) tem realizado sessões remotas por conta da pandemia do…

Matéria prevê redução de mensalidade da rede privada de ensino
Matéria prevê redução de mensalidade da rede privada de ensino

A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) tem realizado sessões remotas por conta da pandemia do novo coronavírus e a fim de manter o isolamento entre seus deputados e aqueles que frequentam o parlamento. No encontro virtual desta quarta-feira (8), uma das matérias que apresentadas prevê a redução das mensalidades da rede privada de ensino durante o plano de contingenciamento do Governo.

Pensado pelo deputado estadual Vinícius Cirqueira, o texto obriga as instituições de ensino da rede privada a reduzirem as suas mensalidades em, no mínimo, 30%. Para garantir o benefício, caso a lei seja aprovada, o estudante ou seu representante legal precisará solicitar, por meio de formulário de requisição.

Conforme o texto, o desconto incide sob o valor da mensalidade efetivamente paga pelo aluno, mesmo que ele já tenha outros benefícios. Também fica proibido o aumento do valor da parcela ou anuidade, bem como a suspensão, no ano corrente, de descontos ou bolsas de estudos em vigor na data da publicação da lei. O texto, destaca-se, é aplicado no caso de aulas presenciais.

As instituições que descumprirem podem ser multadas, conforme o Código de Defesa do Consumidor e pelos órgãos responsáveis pela fiscalização, em especial, a autarquia de Proteção e Defesa do Consumidor do Estado de Goiás (Procon-GO). Ao terminar o plano de contingência do governo, e as aulas presenciais retornarem, a medida é cancelada automaticamente.

Procurado

Vinícius Cirqueira revela que foi procurado por diversos pais, que reclamavam não ser justa a situação. Ele cita que o custo das escolas reduziu, pois não há quase gasto com água, energia e outras coisas. “E eles não abriram diálogo”, informou o parlamentar, que vive na pele a situação com seus filhos.

Inclusive, um dos filhos dele tem três anos. “Compensaria mais eu romper o contrato, se não tiver negociação. Um garoto dessa idade não fica na frente do computado.”

Questionado se a medida não pode prejudicar os trabalhadores da escola de alguma forma, ele diz que não. Além das economias geradas pela ausência dos estudantes, ele afirma que o perigo seria a não negociação, que pode acarretar em um alto índice de inadimplência. “Aí, sim, seria prejudicial.”