Discurso ameno

“No momento não tenho que fazer autocrítica ao apoio que dei ao presidente”, afirma Caiado

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Cidades devem seguir Estado, mas se extrapolarem, MP pode agir, diz conselheiro da OAB
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O governador Ronaldo Caiado (DEM) disse, durante entrevista ao programa Roda Vida nesta segunda-feira (6), que o momento não é de fazer autocrítica ao apoio que deu ao presidente Jair Bolsonaro durante as eleições e primeiro ano como chefe do Executivo Estadual. O político adotou um discurso mais ameno e disse que tem sido feito “correção de rota” para alterar possíveis erros na parceria com o presidente. Apesar disso, Caiado elogiou Bolsonaro pela “sensibilidade de não fazer dos ministérios bancadas políticas e partidárias”.

“Temos que ter correção de eixo. Não temos que a toda hora achar que vai ter pessoa perfeita para você, para mim. Cada um tem o seu estilo. Tudo isso já era do conhecimento da população, não é nenhum defeito novo”, disse.

Questionado sobre uma possível mudança no discurso de Bolsonaro com relação ao enfrentamento ao coronavírus, Caiado disse que acredita que o presidente vai entender que o momento requer respeito às recomendações da OMS e do Ministério da Saúde.

Apesar de acreditar na mudança de postura de Bolsonaro, Caiado reafirmou, em tom mais moderado, que as decisões do presidente não alcançam o Estado de Goiás. “Minha posição quanto a isso é a mesma”.

“Transparência”

Durante a entrevista, disse que não se preocupa em ser chamado de “traidor” nas redes sociais por ter rompido com o presidente Jair Bolsonaro. O democrata disse que nunca utilizou a política para enriquecer ou obter benefícios pessoais. “A marca do Caiado é a transparência”, disse.

O governador afirmou que não se preocupa com as críticas vindas da internet. “São pessoas que só têm coragem no WhatsApp”, comentou.

Caiado pontuou ainda que não se considera traidor, já que não dependeu de vínculo com o presidente para ser eleito. “O que é trair? Nas eleições dependi apenas dos meus votos, do meu trabalho”.
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O democrata ressaltou também que não irá aceitar chantagem de pessoas que não concordam com o isolamento social. “Tem gente falando que não vai votar em mim novamente porque proibimos, por exemplo, as carreatas. Não vou aceitar chantagem nesse momento da minha vida”.