Promotor rejeita suspeição em caso de improbidade contra Marconi, mas pede afastamento

O promotor de Justiça Fernando Krebs negou pedido de suspeição realizado pelo ex-governador Marconi Perillo, presidente do PSDB em Goiás, em uma ação de improbidade administrativa sobre concessão de benefícios fiscais para usinas no Estado. Ele, contudo, solicitou substituto automático.

No pedido, Marconi falou que existe inimizade pessoal por parte do promotor. Disse, ainda, que o membro do Ministério Público teria se “aliado” a “inimigos políticos”, como o governador Ronaldo Caiado (UB), o deputado federal José Nelto (Podemos) e o senador José Kajuru (Podemos).

Segundo Krebs, o pedido de Perillo foi intempestivo, ou seja, fora do prazo. Além disso, afirmou que as justificativas do presidente do PSDB de Goiás não estão amparadas pela lei. Por causa do pedido de substituto automático, ele fica impedido de agir contra Marconi no futuro.

No pedido de afastamento, Krebs alegou foro íntimo. “É um direito meu e não preciso justificar a razão”, disse ao Mais Goiás.

Motivo da “inimizade”

Para citar a “inimizade”, a solicitação de Marconi informou um tweet de 2014. “Hoje é dia do amigo! Será que o Marconi já ligou para Cachoeira e Demóstenes”, escreveu o promotor, à época. A mesma postagem fez com o ex-governador entrasse com uma ação de reparação por danos morais.

Krebs respondeu no processo: “O mencionado tweet não é motivo para suspeição, pois o chiste está amparado pela liberdade de expressão. Tanto é verdade que a ação proposta por Marconi Perillo foi julgada improcedente.” Sobre relações amistosas com “inimigos políticos”, o promotor disse que também “não é causa apta a ensejar suspeição”.