Falta blindagem para Neymar

Neymar está exposto. O esquema ofensivo da seleção sacrifica o camisa 10, que, na função de meia, volta muito para armar as jogadas, fica de costas para a defesa e oferece o tornozelo à pancadaria dos marcadores. Neymar é atacante e foi assim que se consagrou no Santos, no Barcelona e na própria Seleção Brasileira.

Da forma que está jogando fica difícil realizar as jogadas individuais em velocidade, que quebram a marcação adversária. Falta blindagem ao principal jogador do Brasil.

Apesar da boa atuação do time e do próprio Neymar na goleada sobre a Coréia do Sul, Tite poderia repensar o esquema para evitar riscos nos jogos difíceis que virão pela frente. Se entrar assim contra a Argentina, França, Inglaterra ou qualquer outra seleção que vier nas fases decisivas corre muito risco.

O ideal seria a entrada de mais um volante – Fred ou Bruno Guimarães – em lugar de Raphinha para reforçar a marcação no meio-de-campo e dar mais liberdade para Neymar. A seleção entraria então com três jogadores fortes no meio-de-campo – Casemiro, Bruno Guimarães ou Fred e Lucas Paquetá -, com Richarlison, Neymar e Vini Jr no ataque.

Neymar ficaria solto e um dos volantes chegaria pela direita nos momentos oportunos. A vocação ofensiva do futebol brasileiro tem limites e uma marcação vulnerável pode provocar um desastre no momento decisivo da copa.