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7 de Setembro: madrugada na Esplanada tem churrasco e varredura

À meia-noite desta quarta-feira, 7 de setembro, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) acompanharam uma…

Ministro do Turismo, Carlos Brito tirou fotos com eleitores de Bolsonaro. 7 de Setembro: madrugada na Esplanada tem churrasco e varredura
Queima de fogos pelo 7 de setembro em Brasília, na Torre de TV (Foto: O Globo)

À meia-noite desta quarta-feira, 7 de setembro, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) acompanharam uma queima de fogos que durou dois minutos na Torre de TV, cartão-postal de Brasília [assista aqui]. Vestiam verde e amarelo, mas desta vez não traziam cartazes. Antes da dispersão, um grito mais estridente se destacou no meio da multidão:

— O Bolsonaro está aí! — disse um manifestante.

Era alarme falso. Apesar de ter anunciado o evento no Twitter, o presidente não compareceu no local, frustrando a expectativa dos apoiadores. Somente o senador Flávio Bolsonaro marcou presença, distante do público.

Outra autoridade presente no local foi o ministro do Turismo, Carlos Brito. Na companhia do locutor de rodeio Cuiabano Lima, Brito passou cerca de 15 minutos tirando fotos com eleitores de Bolsonaro.

— Acabei de vir de São Paulo, estávamos inaugurando o museu do Ipiranga. Vamos falar em alegria, em um sete de setembro de esperança, da liberdade, de lealdade — disse o ministro, ao ser questionado sobre a possibilidade de atos de violência durante as comemorações.

Os fogos que marcaram o início da celebração do 7 de setembro, segundo um organizador, foram doados por um sindicato de Minas em parceria com uma associação e uma empresa do ramo.

À 1h30, comerciantes de bandeiras e camisetas que estampavam a imagem de Bolsonaro começaram a ocupar as calçadas e a instalar seus varais, demarcando os arredores da via que percorre toda a Esplanada dos Ministérios.

Varredura e churrasco

Dois caminhões dos bombeiros e uma viatura da Polícia Militar bloqueavam o acesso de veículos à Esplanada, perto da Biblioteca Nacional. Por volta das 2 horas, um carro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) furou o cerco.

— Vieram fazer a varredura — explicou o sargento Josias, da PM do DF, em referência a um procedimento de segurança.

Do lado de fora das grades, um apoiador do presidente tocava um berrante. Outros bebiam cerveja e faziam um churrasco enquanto moradores de rua passavam pedindo comida.

O clima ameno na região se distinguiu da tensão do evento do ano passado, quando caminhões romperam as barreiras de segurança e manifestantes ameaçavam se aproximar do prédio do Supremo Tribunal Federal (STF). Desta vez, o governo do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, disse que não permitiria que veículos acessassem o local.

Às 5h, a missa na catedral aconteceu com as orações de costume, mas, no fim, alguém estendeu uma bandeira do Brasil sobre o púlpito vermelho. Uma hora depois, os espectadores começaram a chegar e preencher a Esplanada dos Ministérios.