Jurada que agiu mal e fez julgamento ser suspenso é multada, em Taquaral

O julgamento de Juliano José Rodrigues Martins, acusado de feminicídio contra sua ex-companheira Sandra Gonçalves Nunes, foi interrompido no município de Taquaral na terça-feira (18) e dissolvido devido a uma manifestação inapropriada de uma das juradas durante a sessão do tribunal do júri.

A juíza Marcella Sampaio Santos, que presidia o caso, decidiu encerrar a audiência e remarcar o julgamento para uma nova data, 21 de março de 2025, após considerar que a jurada Rosângela Rodrigues da Costa Santos expressou claramente sua intenção de voto antes do momento apropriado.

A manifestação violou as regras do tribunal do júri, que exigem que os jurados mantenham suas opiniões e decisões em sigilo até o momento formal de deliberação e votação. Como resultado, o Conselho de Sentença foi dissolvido, e um novo julgamento terá que ser organizado com um júri diferente.

Multa

A jurada Rosângela Rodrigues da Costa Santos foi multada em três salários-mínimos por sua conduta, que foi considerada uma violação das normas do tribunal. Ela foi devidamente informada sobre as regras e a juíza considerou que ela agiu de maneira que prejudicou o andamento do julgamento. A multa deve ser paga no prazo de 30 dias, conforme determinado pela juíza.

Julgamento

O julgamento de Juliano, acusado de assassinar Sandra, com quem teve um relacionamento de 14 anos, foi interrompido no Fórum de Taquaral de Goiás durante a fase de escuta do réu.

O crime aconteceu em outubro de 2022, em Itaguari (GO), após o Juliano supor que Sandra o traía. Na noite do assassinato, Juliano, que havia consumido bebidas alcoólicas na companhia de um policial penal, furtou a arma do agente e seguiu para a residência da vítima. Lá, efetuou múltiplos disparos contra Sandra na presença da filha do casal, uma criança de 6 anos, e do irmão da vítima.

Após o crime, Juliano entregou-se à polícia e confessou o assassinato.