LEVANTAMENTO

Abandono do ensino médio na rede pública atinge 5% e mais que dobra em 2021, revela Inep

Em 2021, a taxa de abandono escolar no ensino médio na rede pública mais do…

Abandono do ensino médio na rede pública atinge 5% e mais que dobra em 2021, revela Inep
Abandono do ensino médio na rede pública atinge 5% e mais que dobra em 2021, revela Inep (Foto: Governo de Goiás)

Em 2021, a taxa de abandono escolar no ensino médio na rede pública mais do que dobrou no país. Os dados foram divulgados, nesta quinta-feira (19), pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Em 2020, o percentual de estudantes que abandonaram instituições foi de 2,3%, enquanto que, no ano passado, a taxa foi de 5%.

No ensino fundamental, a taxa de abandono escolar subiu de 1%, em 2020, para 1,2%, em 2021. A única rede que não apresentou elevação foi a privada.

A região Norte do país foi a que mais sofreu com o abandono dos alunos. A taxa do ensino médio no local foi de 10,1%. No ensino fundamental, o indicador é de 2,5%.

Em seguida, aparecem os estados do Nordeste, que somam 6,3% de abandono escolar no ensino médio e 1,9% no ensino fundamental. No Sul, o índice de alunos que deixaram o ensino médio é de 5,7%. No ensino fundamental, a taxa é de 0,8%.

Já no Sudeste foi de 3%. No ensino fundamental, o número ficou em 0,7%. O censo mostra que, no Centro-Oeste, a porcentagem de abandono no ensino médio foi de 2,2%, e no ensino fundamental, de 0,4%.

Os números integram os resultados finais da segunda etapa do Censo Escolar da Educação Básica 2021. A primeira fase foi divulgada no início deste ano.

Redução de aprovação da rede pública no ensino fundamental

Em 2020, a aprovação foi de 98,9. No ano passado, caiu para 97,6%. Os dados são referentes aos anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano). Na etapa final, do 6º ao 9º ano, também houve redução da aprovação que passou de 97,8% em 2020, para 95,7% em 2021.

A queda também foi notada no ensino médio. A taxa de aprovação caiu de 95% em 2020, para 90,8% em 2021.

“Após uma relativa estabilidade nas taxas de aprovação e reprovação dos alunos entre os anos de 2010 e 2019, em decorrência da pandemia de Covid-19 e das estratégias para o seu enfrentamento — como a adoção do ‘contínuo curricular’, que implica a criação de um ciclo para conciliar anos escolares subsequentes com a devida adequação do currículo, visando minimizar a retenção e o abandono escolar — em 2020, houve aumento considerável no número de aprovados na rede pública. Devido a esse cenário, em 2021, as taxas de aprovação caíram, embora ainda estejam em um patamar superior ao observado no ano de 2019″, avaliou o Inep.