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Amoêdo anuncia desfiliação do Novo

Fundador e ex-presidente do Novo, João Amoêdo se desfiliou da sigla nesta sexta-feira (25). O…

Após operação contra tentativa de golpe, Amoêdo diz que voto em Lula em 2022 foi necessário
Após operação contra tentativa de golpe, Amoêdo diz que voto em Lula em 2022 foi necessário (Foto: Reprodução - Redes sociais)

Fundador e ex-presidente do Novo, João Amoêdo se desfiliou da sigla nesta sexta-feira (25). O anúncio ocorreu no Twitter do político e empresário. “Com muito pesar, me desfilio do partido que fundei, financiei e para o qual trabalhei desde 2010.”

De acordo com ele, a sigla, fundada oficialmente em 2011 e pela qual trabalhou por mais de 10 anos, não existe mais. “Ao longo dos últimos 33 meses, sob a atual gestão, o Novo foi sendo desfigurado e se distanciou da sua concepção original de ser uma instituição inovadora que, com visão de longo prazo, sem culto a salvadores da pátria, representava a esperança de algo diferente na política.”

Ele afirmou que, atualmente, o partido descumpre o próprio estatuto e aparelha sua comissão de ética para “calar filiados”. Além disso, “faz coligações apenas por interesses eleitorais, idolatra mandatários, não reconhece os erros, ataca os Poderes constituídos da República e estimula ações contra a democracia”.

Amoêdo ainda escreveu que, apesar do péssimo desempenho eleitoral e com a perda de filiados e dirigentes, o partido segue sem retomar o caminho original. “Prefere ignorar evidências” e “silenciar vozes divergentes”, acusa. De acordo com ele, esse Novo não o representa, mas a desfiliação em nada muda o desejo de ajudar o Brasil.

Vale lembrar, o agora ex-membro do Novo declarou apoio a Lula (PT) no segundo turno das eleições e foi criticado por colegas de legenda. Inclusive, uma comissão para avaliar a expulsão dele foi implementada.

O ex-presidente da sigla também criticou, recentemente, a participação do partido para criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar supostos abusos de autoridade cometidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Esta foi liderada pelo deputado bolsonarista Marcel Van Hattem (Novo-RS) e conta com a assinatura de dez parlamentares goianos.