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CEI da Saúde retira requerimento de pedido de prisão de Fátima Mrue

A secretária Municipal de Saúde, Fátima Mrué, compareceu pela sétima vez à Comissão Especial de…

A secretária Municipal de Saúde, Fátima Mrué, compareceu pela sétima vez à Comissão Especial de Inquérito que investiga irregularidades da saúde nesta sexta-feira (13) a fim de responder o motivo pelo qual enviou correspondência aos vereadores de que responderia somente requerimentos cujos teores se ativessem ao objeto de criação do colegiado investigativo.

Mrué, que veio acompanhada do procurador Geral do Município, respondeu questionamentos dos vereadores sobre equipamentos de raio-x sucateados em uso enquanto novos aparelhos se encontram no almoxarifado; aluguel e não compra de transformador para Cais da Chácara do Governador; transporte de roupas sujas e contaminadas das unidades de saúde, pagamento de hotel para duas servidoras que fazem mestrado fora da cidade e instalação de um novo software para marcação de exames e consultas na rede do SUS.

Após longo debate entre os membros da comissão, alguns da oposição na Casa e outras da base do prefeito, foi votado e aprovado requerimento do vereador Paulo Daher (DEM) pedindo a suspensão do documento aprovado na CEI da Saúde na última quarta-feira (11). O documento solicitava ao Ministério Público Estadual a prisão preventiva de Fátima Mrué por se recusar a enviar informações solicitadas pela comissão sob alegação de que estariam “fora do escopo do fato determinado e tempo da CEI”.

Além de Daher, os vereadores Carlin Café (PPS) e Anderson Sales-Bokão (PSDC) fizeram coro com o líder do prefeito Tiãozinho Porto (Pros), que compareceu à reunião, para defender a atuação da secretário e o fato de vir todas as vezes em que foi convocada e já ter atendido inúmeras solicitações da CEI.

Fátima Mrué se comprometeu a enviar todas as solicitações dos vereadores para que tenham condições de trabalhar, mas ressaltou que o tempo de investigação abarca oito anos (2010-2018)  e que ela representa apenas um pequeno período, mas mesmo assim já esteve em sete oitivas. Clécio Alves e Cristina Lopes reafirmaram que a CEI dará prazo de dez dias para que as respostas solicitadas sejam enviadas e não mais de 30 dias como faziam anteriormente.

Acusações

Durante a oitiva os vereadores citaram entrevista de Iris Rezende na qual o prefeito afirmava que “essa ira contra a secretária é porque ela está ferindo interesses escusos”, que causam indignação entre a comissão.

Elias Vaz (PSB) e Cristina Lopes (PSDB) prometeram enviar requerimento para que o chefe do Executivo indique os nomes dos vereadores e quais seriam os interesses a que se referia. Já, Jorge Kajuru (PRP) foi além e declarou que fará por meio de seus advogados, interpelação judicial ao prefeito para que se explique e “dê os nomes desses parlamentares”.

 

Com informações da Câmara Municipal de Goiânia