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Derretimento de geleiras bate recordes, alerta ONU

Desde 1970 as geleiras perderam cerca de 30 metros de espessura

Imagem de geleira na Antártica (Foto: Agência Brasil)
Imagem de geleira na Antártica (Foto: Agência Brasil)

As geleiras do mundo derreteram em velocidades recordes no ano passado, um fenômeno que parece impossível de parar, alertou a ONU nesta sexta-feira (21).

“O gelo do mar Antártico atingiu seu nível mais baixo e o derretimento de algumas geleiras europeias literalmente quebrou recordes”, alertou a Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência especializada das Nações Unidas, em seu relatório anual sobre o estado do clima mundial.

— Para as geleiras, o jogo já está perdido — disse à AFP Petteri Taalas, secretário-geral da OMM.

— A concentração de CO2 já é muito alta e a elevação do nível do mar provavelmente continuará por milhares de anos — explicou.

Você não pode parar o derretimento “a menos que criemos uma maneira de remover o CO2 da atmosfera”, acrescentou.

As geleiras que os pesquisadores usam como referência perderam em média mais de 1,3 metro de espessura entre outubro de 2021 e outubro de 2022, uma perda muito maior do que a média dos últimos dez anos.

Desde 1970 as geleiras perderam cerca de 30 metros de espessura.