ELEITORAL

MP denuncia prefeita do Portelândia por coagir funcionários a votar em Bolsonaro

Na peça, consta que a gestora fez ameaças durante reunião de trabalho para entrega de uniformes a garis do Município, em outubro do ano passado, em horário de expediente

MP eleitoral denuncia prefeita do Portelândia por coagir funcionários a votar em Bolsonaro
MP eleitoral denuncia prefeita do Portelândia por coagir funcionários a votar em Bolsonaro (Foto: Reprodução)

O Ministério Público Eleitoral (MP Eleitoral) em Goiás apresentou denúncia contra a prefeita de Portelândia, Marly David Rezende Rodrigues, por coagir funcionários que prestam serviços à cidade a votarem no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no pleito de 2022. A ação foi proposta em 9 de outubro pelo procurador regional Eleitoral, Célio Vieira da Silva, junto ao Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO).

Na peça, o membro do MP afirma que a prefeita fez ameaças durante reunião de trabalho para entrega de uniformes a garis do Município, em outubro do ano passado, em horário de expediente. Em resposta, a peça cita que ela confirmou se tratar de “reunião de trabalho para a entrega de uniformes”, mas que, “acabou comentando sobre política”.

O produrador destaca que Marly disse, naquele momento, “aos seus subordinados (servidores e colaboradores públicos daquele município) que ‘terá que reduzir o quadro de funcionários’, caso o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (Lula) fosse eleito Presidente da República, nas Eleições de 2022, mencionando seu entendimento da ‘necessidade’ de vitória do candidato por ela (ora denuncianda) apoiado, Jair Messias Bolsonaro”.

O Ministério Público do Trabalho, inclusive, recomendou, no último mês, ao município de Portelândia que qualquer de seus representantes se abstenha de ameaçar, constranger ou orientar pessoas que possuem relação de trabalho com sua organização a votar em candidatos nas próximas eleições. Além disso, a recomendação previa também um vídeo de retratação por parte da prefeitura.

Caso a denúncia seja recebida, Marly Rezende vai responder por usar de violência ou grave ameaça para coagir alguém a votar, ou não votar, em determinado candidato ou partido, ainda que os fins visados não sejam conseguidos. A pena prevê reclusão de até quatro anos e multa.

O Mais Goiás tentou contato telefônico com a prefeitura pelo número (64) 3666-1159 e pelos e-mails prefeitura@portelandia.go.gov.br e faleconosco@portelandia.go.gov.br, mas não teve retorno até o fechamento. O espaço segue aberto.