Tem milho?

MPF fiscaliza acréscimo de informações nos rótulos das cervejas

A identificação dos adjuntos cervejeiros nos rótulos de todas as cervejas comercializadas no Brasil passará…

MPF fiscaliza acréscimo de informações nos rótulos das cervejas
MPF fiscaliza acréscimo de informações nos rótulos das cervejas

A identificação dos adjuntos cervejeiros nos rótulos de todas as cervejas comercializadas no Brasil passará a ser observada de perto pelo Ministério Público Federal (MPF). O órgão instaurou um procedimento administrativo para acompanhar o cumprimento dessa determinação.

A adição de informações nos rótulos sobre os adjuntos cervejeiros (cereais utilizados na produção de cerveja como fonte alternativa de amido, como milho e arroz), é fruto de um acordo feito em outubro de 2018. Na época a União, o MPF, e as cervejarias Brasil Kirin, Petrópolis, Kayser e Ambev acordaram o acréscimo de informações e estabeleceram um prazo de um ano para a adaptação. Foi acertado também que o acordo seria fiscalizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Como o prazo já venceu, o MPF solicitou que as cervejarias que comprovem a alteração nos rótulos. O órgão solicitou ainda que o Mapa forneça informações sobre a fiscalização do cumprimento da norma.

De acordo com a procuradora responsável pelo caso, Mariane Guimarães de Mello Oliveira, as fabricantes de cerveja devem rotular seus produtos com a maior quantidade de informações possíveis. O objetivo é permitir que o consumidor conheça a composição dos produtos, a quantidade de cada ingrediente e os riscos que essas substâncias podem causar à saúde.

Qualidade da cerveja

O debate sobre os ingredientes utilizados na fabricação de cerveja veio à tona depois que sete pessoas morreram após beberem produtos da empresa mineira Backer. A última vítima estava hospitalizada e veio a óbito neste domingo (8) em Belo Horizonte. De acordo com a Polícia Civil (PC), as pessoas tiveram uma síndrome nefroneural atribuída à intoxicação por dietilenoglicol.

Substância tóxica usada em sistemas de refrigeração devido a suas propriedades anticongelantes, o dietilenoglicol foi encontrado em dezenas de lotes de diferentes rótulos de cervejas produzidas pela cervejaria mineira Backer. Todas as pessoas que apresentaram sintomas da síndrome nefroneural tinham consumido a bebida pouco tempo antes – o que levou as autoridades a investigarem a fábrica e as cervejas da Backer.