Eleições 2016

PMDB cobra definição de Iris Rezende

// No PMDB tudo já está bem encaminhado em relação à sucessão municipal de 2016…


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No PMDB tudo já está bem encaminhado em relação à sucessão municipal de 2016 em Goiânia. Pelo menos no papel. Dentre os líderes do partido, há consenso em torno do nome do ex-prefeito Iris Rezende para encabeçar a chapa majoritária, com a vice podendo ser ocupada pelo ex-deputado federal Sandro Mabel.

O problema é que, até então, Iris ainda não manifestou o desejo de ser candidato, nem mesmo para aliados mais próximos. Apesar de as lideranças peemedebistas darem como certa a postulação de Iris, o silêncio do líder incomoda. Tanto que estes aliados já pressionam o ex-prefeito para que ele assuma o projeto.

A identificação com Goiânia é fator preponderante para Iris Rezende ser o postulante. O peemedebista deixou a prefeitura muito bem avaliado em 2010. Pesquisas internas realizadas hoje por partidos da base aliada, e também da oposição, inclusive, dão conta de que o ex-prefeito tem, neste momento, um percentual próximo a 40% de intenções de voto, caso venha ser candidato.

Dentre os nomes aventados até o momento, Iris é o que está mais bem ranqueado para suceder a administração atual. Tudo agora depende de Iris dar o sinal de positivo para a agremiação e então iniciar o pontapé nas discussões afuniladas.

A conjuntura atual do partido responde o desejo do presidente estadual do PMDB Samuel Belchior. Há algumas semanas, o presidente declarou à Rádio 730 que o partido precisava, pelo menos internamente, definir o nome que deveria concorrer à prefeitura de Goiânia ao menos até o final do ano.

De fato, muitas lideranças goianienses do partido também compartilham com o que defende Belchior. Alguns vereadores ouvidos durante a semana pela reportagem se mostraram um pouco preocupados com a falta de sinalização do ex-governador, enquanto os adversários já se movimentam (leia abaixo).

MAIS TEMPO

Lideranças peemedebistas ouvidas pela Tribuna evitaram, porém, tornar a falta de manifestação do líder do partido em um problema maior. Todos o elencam como o nome natural para a disputa em Goiânia, mas, nas entrelinhas, nota-se um desejo de que o ex-governador assuma logo a condição de pré-candidato.

O deputado federal Daniel Vilela (PMDB) acredita que a possibilidade dele não aceitar ser o nome do partido é remota ainda porque ele é o nome principal para concorrer. “Hoje a preferência é o Iris. É o grande nome dentro do partido”, diz.

O deputado opina que a decisão do nome deve ocorrer logo, pelo menos internamente, para que o processo fique mais claro. Entretanto, ressalta que a demora do principal nome em se manifestar impede de afunilar as questões. “Acho que temos, devemos definir sim. Mas não tem como afunilar muito se o principal postulante (Iris) não se manifestou”, afirma Daniel.

Segundo Daniel Vilela, as definições ainda devem demorar a ocorrer. Para ele, a concretização de tudo só vai tomar corpo no segundo semestre do ano que vem. O deputado acredita que isso deva acorrer somente nas convenções. “Acho que o afunilamento e a decisão só deve ocorrer apenas em agosto, época da convenção”, acredita.

O presidente do PMDB metropolitano Bruno Peixoto (PMDB) parece concordar com o deputado federal. Ele observou que o Iris Rezende não se posicionou porque ainda não é o momento ideal para fazê-lo. Para Bruno, é concreto que Iris seja o candidato. “Ele é o principal nome. Ele não se manifestou ainda porque não é o momento”, declara.

Já o deputado estadual Ernesto Roller (PMDB) diz crer que a definição ocorra um pouco mais cedo, ainda no primeiro semestre do ano que vem. Para o deputado, o nome de Iris Rezende é natural e revela que o partido não trabalha com a hipótese de ele não ser o candidato. Roller, porém, faz um alerta: “O nome é o de Iris. Acho que é o momento de o partido procurá-lo para saber se há o desejo”.

Em eleições anteriores, o partido convocou Iris Rezende e neste processo eleitoral o mesmo deve acontecer. Muitos acreditam que o fato deva ocorrer logo, a fim de que a demora não prejudique a campanha.

No PMDB, há um sentimento de que quanto mais rápido houver essa definição, maior serão as chances de formar uma chapa proporcional competitiva. Com a definição de Iris, o partido atrairia fortes candidatos à Câmara Municipal de Goiânia.

Roller, contudo, aponta que este é um caminho de duas mãos. Para ele, há “bônus e ônus” na iniciativa de Iris se manifestar logo como candidato. “Tudo depende do encaminhamento que será dado. Dependendo da manifestação do candidato, pode haver desgaste. Por outro lado, quem chega na frente bebe água limpa”, declara.

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