Polícia Civil

Polícia investiga furtos de gado em fazendas de Aragoiânia

A polícia ainda não tem pistas dos autores do furto de gados ocorrido na madrugada…

A polícia ainda não tem pistas dos autores do furto de gados ocorrido na madrugada desta quinta-feira (13/4), em uma fazenda em Aragoiânia. Na ocasião, os criminosos abateram e descarnaram pelo menos duas cabeças de gado ainda dentro da propriedade, deixando as carcaças para trás.

O delegado Arthur Curado Fleury, da comarca de Guapó, afirma que os trabalhos de investigação ainda estão em fase preliminar. “Nós realizamos a perícia e estamos apurando”, diz.

Fleury destaca que nos últimos cinco meses cerca de dez pessoas, de pelo menos dois grupos criminosos diferentes, foram presas. “Nesta semana estamos encerrando o indiciamento de outras cinco pessoas”, pontua.

Segundo ele, o trabalho investigativo é limitado pelo fato de que a comarca de Guapó é responsável por quatro cidades da região. Além disso, a delegacia dispõe de apenas três agentes para dar conta da demanda.

Justamente pelas dificuldades, a delegacia prioriza as investigações de casos que envolvam violência. “Casos como esses, de matar a vaca, descarnar e levar embora são pequenos furtos e mais difíceis de serem resolvidos”, declara.

Roubos

Os casos cada vez mais frequentes de roubos a fazendas na região de Aragoiânia tem deixado os donos de propriedades cada vez mais preocupados. Nos últimos meses, há relatos de que uma média de um roubo por semana tem ocorrido nas imediações.

Natália Roberta Andrade é filha de um fazendeiro da região. Ela relata que dois roubos no último mês na propriedade, Fonte do Morumbi, causaram prejuízos de cerca de R$ 50 mil.

“Um mês atrás entraram com um caminhão sem que ninguém visse. Roubaram 11 vacas escolhidas a dedo. Eram as melhores”, conta. Após o incidente, foi prestada queixa na delegacia local, mas até o momento ninguém foi preso e não se conhece o destino dos animais.

Na madrugada desta quarta-feira (13/4), aconteceu novamente. Dessa vez, os criminosos abateram o gado ainda na fazenda. Levaram o que podiam e deixaram as carcaças para trás. “Até o momento nós contamos dois animais. Mas da outra vez o primeiro levantamento foi de cinco, e acabou sendo 11. Então ainda não temos certeza”, afirma Natália.

Natália teme que a situação piore. Segundo ela, roubos na região estão cada vez mais frequentes, e muitas vezes culminam em casos de agressão. “Na nossa fazenda nunca aconteceu nada aos caseiros, mas já soubemos de casos em que pessoas foram amarradas e até torturadas”, diz.