Clandestinidade

Dono de lava-jato que vendia combustível já havia sido preso este ano pelo mesmo crime

Dois homens, de 23 e 32 anos, foram presos em flagrante por agentes da Delegacia…

O lava-jato Vitória já havia sido autuado em 2018 pela Polícia Civil
O lava-jato Vitória já havia sido autuado em 2018 pela Polícia Civil

Dois homens, de 23 e 32 anos, foram presos em flagrante por agentes da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon) no momento em que negociavam combustível clandestino dentro de um lava-jato no Jardim Novo Mundo, em Goiânia. Um dos presos, segundo a polícia, já havia sido autuado em flagrante este ano, pelo mesmo delito.

Os dois presos, que não tiveram os nomes divulgados, não puderam pagar fiança na delegacia e devem passar pela Audiência de Custódia na tarde desta quinta-feira (17). Dentro do lava-jato, foram apreendidos 800 litros de Etanol, que estavam acondicionados em vários tonéis, sem qualquer tipo de proteção, o que, segundo a Polícia Civil (PC), poderia ter provocado um incêndio de grandes proporções.

Dono do lava-jato e o motorista que estava no local comprando Etanol foram autuados por revenda de combustível em desacordo com as normas estabelecidas (Foto: Divulgação / PC)

Dono do lava-jato e o motorista que estava no local comprando Etanol foram autuados por revenda de combustível em desacordo com as normas estabelecidas (Foto: Divulgação / PC)

As investigações que detectaram o armazenamento e a venda de combustíveis de forma ilegal dentro do lava-jato Vitória, também conhecido como Índio Truck, na Avenida Juiz de Fora, duraram quatro meses. Segundo apurou a polícia, o dono do estabelecimento aproveitava que o local tinha uma área grande, onde alguns caminhões tanques eram levados para limpeza, para comercializar Gasolina e Etanol.

“Quando foi preso, o proprietário confessou a prática delituosa e disse que o combustível lhe era repassado pelos próprios motoristas das carretas, que rompiam o lacre, retiravam uma pequena parte e depois colocavam outro lacre no tanque. A prática, às vezes não era percebida pela distribuidora”, descreveu o delegado Rodrigo Godinho, adjunto da Decon.

O dono do lava-jato e o motorista que estava no local comprando Etanol foram autuados por revenda de combustível em desacordo com as normas estabelecidas, crime que tem pena prevista de um a cinco anos de reclusão. “O interessante é que este mesmo comerciante já havia sido preso este ano pelo mesmo crime, só que, naquela ocasião, foi indiciado apenas por crime ambiental”, concluiu Rodrigo Godinho.