PARALISAÇÃO

Frentistas fazem assembleia para decidir sobre greve geral em Goiás

Frentistas de postos de combustíveis realizam assembleia nesta quarta-feira (9), que pode culminar em uma…

Frentistas fazem assembleia para decidir sobre greve geral em Goiás
Frentistas fazem assembleia para decidir sobre greve geral em Goiás

Frentistas de postos de combustíveis realizam assembleia nesta quarta-feira (9), que pode culminar em uma greve geral na região metropolitana de Goiânia e Goiás. Participam, também, gerentes, auxiliares e funcionários de lojas de conveniência destes estabelecimentos. Entre as pautas, benefícios perdidos como a cesta básica e plano odontológico.

O encontro dos associados do Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Goiás (Sinpospetro) acontece às 14h30 de quarta, na Sede do Sinpospetro (Rua 810, nº 472, Quadra 929, Lote 23, Vila Colemar Natal e Silva). São cerca de 1,7 mil postos que podem ser afetados na região metropolitana. Se todo o Estado aderir, 3 mil unidades podem ser atingidas.

“Os frentistas e os trabalhadores dos postos enfrentaram o vírus não pararam. Sem postos, sem combustível, toda nossa sociedade entra em colapso; sem combustível para os transportes, para levar alimentos, remédios, transportar doentes… Mesmo assim, com todas as dificuldades, enxergamos os donos de postos retirando direitos adquiridos, descumprindo a convenção, não pagando direitos fundamentais como a cesta básica. Por isso a categoria vai decidir em assembleia geral qual rumo irá tomar”, afirmou o presidente do sindicato, Hélio Araújo.

Data-base

Ao Mais Goiás, Hélio afirmou que o sindicato também negocia a data-base desde março, período que deveria ter havido o reajuste. Segundo ele, houve seis rodadas de negociação com o sindicato patronal, além de outras quatro com o Ministério Público e não teve acordo.

“Fomos no Tribunal de Justiça e entramos com ação, pedindo para intervir, mas não foi oferecida nenhuma proposta e o processo foi arquivado”, disse o presidente e completou: “O governo federal deu incentivos aos donos de postos e eles utilizaram. Ainda assim, não querem reajustar os salários dos trabalhadores.”

Ele reforça que parte dos postos tiraram, também, o plano odontológico e a cesta básica. “São intransigentes. E nós não paramos na pandemia“, argumenta.

Questionado se a greve é certa, ele diz que a assembleia é soberana na decisão. Além disso, ele afirma que se o sindicato patronal fizer uma proposta até quarta, é possível recuar. “Mas se for aprovada, notificaremos todos os órgãos competentes e pediremos a autorização do Tribunal. Este pode autorizar imediatamente ou em alguns dias”, conclui.

Hélio Araújo, presidente do Sinpospetro (Foto: Reprodução)