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Justiça aceita denúncia e médico vira réu por tentativa de feminicídio contra namorada

A justiça aceitou a denúncia do Ministério Público de Goiás (MP-GO) contra o médico Márcio…

Justiça aceita denúncia e médico é acusado de tentativa de feminicídio
Justiça aceita denúncia e médico é acusado de tentativa de feminicídio

A justiça aceitou a denúncia do Ministério Público de Goiás (MP-GO) contra o médico Márcio Antônio Barreto Rocha. Ele agora é réu do crime de tentativa de feminicídio por agredir e atirar na namorada no estacionamento de um hospital em Goiânia.

A denúncia foi oferecida pelo MP-GO nesta terça-feira (6). No documento, o promotor responsável pelo caso, Cláudio Braga Lima, afirmou que Márcio tentou matar a namorada, com quem tinha um relacionamento de quatro meses. O crime aconteceu na madrugada do último dia 25, por volta de 5h50, no subsolo do estacionamento do Hospital Unique, no Setor Bueno.

O juiz Jesseir Coelho de Alcântara recebeu a denúncia e intimou o réu a responder a acusação em 10 dias. Márcio segue detido na Casa de Prisão Provisória (CPP), de onde responderá o processo.

O Mais Goiás não conseguiu contato com a defesa do réu. O espaço está aberto para manfestação

Relembre o caso

É apontado na denúncia que, no dia do crime, o médico foi até a portaria da casa da vítima, por volta das 4 horas, exigindo a devolução do seu veículo. No entanto, como Márcio estava muito nervoso e descontrolado, a vítima resolveu não atendê-lo, tendo o denunciado deixado o local furioso, fazendo manobras perigosas. Segundo foi apurado, atordoada pelas atitudes do denunciado e por mensagens injuriosas que se seguiram naquele início de dia, a namorada teria suplicado ao denunciado para que destrocassem imediatamente os veículos e resolvessem tudo de maneira pacífica. Para isso, marcaram um encontro no estacionamento do hospital de Márcio.

Na local, quando se encontraram, logo teve início uma discussão entre eles, ocasião em que Márcio começou a agredir a vítima fisicamente com tapas, socos e chutes, quando ela tentava ir embora com seu carro, tendo sido arrancada de dentro do veículo pelos cabelos. Narra a denúncia que a intensidade dos golpes e a fúria do denunciado foram tamanhas que ele rasgou as roupas da vítima, deixando-a parcialmente despida.

As agressões foram inicialmente apartadas por um segurança e outro funcionário do hospital, mas, quando estes saíram do local para chamarem a polícia, as agressões foram retomadas e logo o denunciado sacou a arma de fogo que trazia na cintura traseira, posicionou-a contra a boca da vítima para dar os tiros fatais. Em imediata defesa, a vítima se abaixou, instante em que o denunciado disparou os tiros que a atingiram na perna, próximo à coxa esquerda, bem como em si mesmo.

Em seguida, o denunciado foi embora, escondeu a arma numa lixeira de uma rua próxima e, depois, retornou ao local, quando a polícia já estava lá. Os policiais efetuaram sua prisão em flagrante, bem como socorreram a vítima, que havia ficado no estacionamento. Atualmente, o médico está recolhido na Casa de Prisão Provisória (CPP). Ontem (5/10), a Justiça negou a revogação desta medida.