Saúde

Obra do novo Hospital das Clínicas é paralisada e 200 funcionários são demitidos

As obras da nova unidade do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (UFG),…

As obras da nova unidade do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (UFG), no Setor Universitário, foram paralisadas. A empresa que ganhou a licitação para realizar a quarta e última etapa da obra suspendeu o serviço por falta de pagamento e demitiu mais de 200 funcionários. De acordo com a Engemil, responsável pela obra, desde que iniciou o trabalho, no dia 29 de novembro de 2016, a empresa nunca foi remunerada e soma cerca de R$ 3,5 milhões em prejuízo.

O novo HC está sendo construído na mesma quadra da atual sede e será o maior hospital de uma universidade federal brasileira, com 20 andares e 600 leitos, dobrando a capacidade atual. Trata-se da maior obra já realizada na UFG, em uma área de mais de 44 mil m². A conclusão estava estimada para novembro de 2018.

O novo HC terá um andar destinado somente à maternidade, com capacidade de atendimento a gestantes de alto risco, equipado com UTI neonatal e centro obstétrico. Outro andar será exclusivo para a internação de pacientes transplantados, e outros dez pavimentos vão abrigar centros cirúrgicos, UTI e estruturas de apoio ao funcionamento da unidade.

Recursos

A obra do novo hospital, desde que foi iniciada, há cerca de 20 anos, foi paralisada diversas vezes. Os recursos investidos na construção do prédio e na aquisição de parte dos equipamentos chegam a R$ 150 milhões, segundo o site da UFG. Parte desse montante, R$ 100 milhões, é proveniente da alocação de emendas de bancada, do conjunto de deputados e senadores goianos no Congresso Nacional. No entanto, mesmo com o valor aprovado e empenhado, não está sendo repassado para a obra, o que vai prejudicar milhares de usuários que não poderão contar com assistência de saúde pública, gratuita e de qualidade.

Por nota, a UFG informou que vem empreendendo todos os esforços para concluir a nova unidade do Hospital das Clínicas (HC). No texto, a universidade esclareceu que parte do recurso investido na obra é proveniente de emendas de bancada, do conjunto de deputados e senadores goianos no Congresso Nacional, e cabe à UFG solicitar o recurso de emendas junto ao Ministério da Educação (MEC) após a liquidação das notas fiscais, o que vem sendo feito desde janeiro deste ano.

Ainda de acordo com a UFG, após o recebimento dessas solicitações, o MEC encaminha as demandas para a Secretaria de Governo da Presidência da República, para a correspondente liberação dos recursos financeiros. Apesar das inúmeras tentativas por parte da Reitoria da UFG, essa liberação ainda não ocorreu.