OPERAÇÃO ZERANDO A BANCA

Polícia indicia 16 pessoas por ligação com jogo do bicho em Rio Verde

A Polícia Civil concluiu, nesta segunda-feira (14), inquérito policial que apurou existência de uma organização…

Polícia indicia 16 pessoas em caso de esquema do Jogo do bicho em Rio Verde
Polícia indicia 16 pessoas em caso de esquema do Jogo do bicho em Rio Verde (Foto: Polícia Civil)

A Polícia Civil concluiu, nesta segunda-feira (14), inquérito policial que apurou existência de uma organização criminosa especializada na prática de jogos de azar, lavagem de dinheiro e contrabando. Foram indiciados 16 membros do grupo, que teria movimentado cerca de R$64 milhões em apostas no jogo do bicho e demais atividades ilegais em Rio Verde e outros municípios do sul goiano.

Esquema de apostas no jogo do bicho acontecia em mais de dez municípios de Goiás

Na operação, deflagrada em junho de 2020, apurou-se que o grupo possuía dois escritórios, que funcionavam como lotéricas clandestinas para a lavagem de dinheiro das apostas. Na época da prisão dos envolvidos, a polícia apreendeu mais de 100 maquinas utilizadas nos jogos e aproximadamente R$100 mil em espécie, além de veículos e documentos referente a contabilidade do grupo.

Mais de 100 maquinas utilizadas nos jogos foram apreendidas (Foto: Polícia Civil)

O esquema criminoso acontecia em Rio Verde, Acreúna, Quirinópolis, São Simão, Mineiros, Maurilândia, Montividiu, Itaguaçu, Santa Helena de Goiás, Santo Antônio de Goiás, Bom Jesus de Goiás além de outras localidades do triângulo mineiro.

Além da prisão, criminosos tiveram bens bloqueados

Os 16 membros do grupo, entre eles o chefe do jogo do bicho, foram indiciados por organização criminosa, lavagem de dinheiro e contravenção de jogos de azar. Somadas, as penas podem ultrapassar de 18 anos de reclusão. A polícia solicitou ao Poder Judiciário a apreensão de R$20 milhões em bens e bloqueio de saldos nas contas dos envolvidos.

Suspeitos usavam loterias clandestinas para realizar as apostas (Foto: Polícia Civil)

A Polícia Civil alerta a sociedade que a prática contravencional de jogos de azar fomenta outros tipos de criminalidade organizada, a exemplo da corrupção de servidores públicos e o branqueamento de capitais.

Em caso de deferimento das medidas assecuratórias pelo Poder Judiciário, os valores apreendidos serão revertidos, nos termos da Lei Estadual nº 19.828/2017, que instituiu o FESACOC – Fundo Especial de Apoio ao Combate à Lavagem de Capitais e às Organizações Criminosas da Polícia Civil do Estado de Goiás.

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