ESTELIONATO

Polícia prende falso médico que usava credencial de Goiás e atuava no RJ

Um homem de 41 anos que se passava por médico foi preso na última sexta-feira…

Um homem de 41 anos que se passava por médico foi preso na última sexta-feira (9), no Rio de Janeiro. O suspeito, que chegou a atuar em plantões numa unidade saúde do município carioca de Valença, usava o CRM de um profissional de Goiás. A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ) contou com a ajuda do Instituto de Identificação da Polícia Civil de Goiás para chegar à verdadeira identidade do homem.

Além de fingir ser médico, Australiamar Fernandes Ferreira também se passava por tenente do Exército Brasileiro e chegou a usar o nome de seu irmão. Segundo a PCRJ, Australiamar atuava em hospitais dos municípios de Valença, Mendes, Volta Redonda, Piraí e Barra do Piraí. As investigações revelaram que o acusado se aproveitou da pandemia pelo covid-19 e da escassez de médicos e se apresentou ao Hospital Escola de Valença como médico cirurgião e intensivista, usando a identidade de tenente do Exército Brasileiro para cobrir plantões vagos no Hospital Escola.

Ainda de acordo com a polícia carioca, há dois meses ele vinha realizando atendimento no local e um dos pacientes teve a perna amputada pelos cuidados médicos equivocados, “inclusive cirúrgicos, e a prescrição de remédios não correspondentes à gravidade do ferimento do homem”.

Trabalho conjunto

Para chegar à real identidade do homem, a PCRJ fez a coleta das digitais do suspeito e enviou ao Instituto de identificação da Polícia Civil de Goiás, uma vez que o suspeito usava a identidade de um médico goiano.

Ao Mais Goiás, a assessoria do instituto informou que as digitais de Australiamar foram  analisadas pelo sistema de auditoria digital Asis, que “faz um filtro das impressões digitais, uma média de 10, 15 impressões, e a partir daí o papiloscopista faz as comparações”. “Existem técnicas específicas para esse rastreio manual”, afirmou o instituto.

Após ser preso e comprovada da falsidade ideológica e a falsa identidade, Australiamar se identificou aos policiais, que, além de Goiás, confirmaram as informações nos bancos de dados de Brasília e do Rio de Janeiro.