AUDIÊNCIA

Vítima pede para depor sem presença de influencer acusada de atropelar mulheres, em Goiânia

A justiça ouviu vítima, as testemunhas e a influencer Murielly Alves da Costa, acusada de…

Vítima pede para depor sem presença de influencer acusada de atropelar mulheres, em Goiânia (Foto: Reprodução)
Bárbara Angélica Murielly (Foto: Reprodução)

A justiça ouviu vítima, as testemunhas e a influencer Murielly Alves da Costa, acusada de atropelar duas mulheres em Goiânia, em audiência de instrução preliminar nesta terça-feira (5). A vítima sobrevivente, Kamyla Lima Canedo, pediu para depor sem a presença da ré, que foi retirada da sala no momento da inquirição.

Vale lembrar, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) denunciou a empresária Murielly pelo homicídio qualificado de Bárbara Angélica Barbosa Silva e tentativa de homicídio contra Kamyla Lima Canedo, em crimes ocorridos no dia 21 de abril deste ano, no Jardim Pompéia, em Goiânia.

Nesta terça, o juiz Eduardo Pio Mascarenhas da Silva ouviu a vítima Kamyla Lima Canedo e as testemunhas “Aryana Ferreira Bueno, Robert William Souza Mendes dos Santos, Jean Carlos Nunes Ferreira, Patrick Gonçalves Ferreira e Marcione Emilliano Gomes da Silva, arroladas pelo Ministério Público, bem como das testemunhas Mauro Portela de Souza, Nayanna Faria de Souza Bonfim e Felipe Alves Pimenta, arroladas pela defesa”.

Depois, inquiriu também a acusada, Murielly Alves da Costa. No fim da audiência, o magistrado despachou para que a as partes ofereçam as alegações finais no prazo de cinco dias. Como a acusada está detida desde o fim de abril, quando ocorreram os crimes, as partes requereram que não fosse aguardado o laudo da “reprodução simulada dos fatos”. “Pediram que já fosse aberta vista para apresentação de memoriais”, conforme acatado pelo juiz.

Confira o despacho AQUI.

Relembre o caso da influencer

Nos dois casos, o MP entendeu que o crime foi triplamente qualificado, por ter sido cometido por motivo fútil, com emprego de meio que resultou perigo comum e mediante recurso que impossibilitou a defesa das vítimas. Na denúncia, o promotor de Justiça Geibson Rezende relata que um grupo de pessoas estava bebendo na porta da Distribuidora Pirâmide, por volta das 4 horas de 21 de abril, quando Murielly chegou ao local para comprar bebida.

Lá, ela teria provocado clientes e agredido o filho do dono da distribuidora. O MP-GO diz que ela foi contida por outras pessoas. A mulher, então, começou a discutir com as vítimas. Na sequência, Kamyla teria despejado um copo com cerveja na cabeça da denunciada e atravessado, juntamente com Bárbara, para o outro lado da rua, enquanto Murielly entrou em seu carro, que estava estacionado na esquina do estabelecimento comercial. De acordo com o inquérito policial, a denunciada, então, acelerou o veículo em direção às pessoas que estavam no outro lado da rua, atropelando-as.

Kamyla foi atingida e arremessada contra a porta de um açougue, enquanto Bárbara escapou e tentou tirar as chaves da ignição do carro. Contudo, Murielly conseguiu dar ré e jogou o veículo em direção à Bárbara, que foi atingida e morreu no local. Kamyla foi socorrida e encaminhada para atendimento e sobreviveu. Murielly foi presa em flagrante, depois de fugir do local, tendo seu veículo apreendido para perícia.

“O crime foi cometido em virtude de uma simples discussão banal, sendo possível que a situação fosse contornada por meios civilizados, o que revela futilidade na motivação, caracterizando a banalização da vida alheia”, pontua o promotor na denúncia.