NOVELA

Atriz da abertura de ‘Pantanal’ em 1990 fala de trauma relacionado à novela; assista

Há 32 anos, não passava pela cabeça de Nani Venâncio que sua performance na abertura…

Vídeo com Nani Venâncio recebeu premiações nos EUA e no Japão. Atriz da abertura de 'Pantanal' em 1990 fala de trauma relacionado à novela
(Foto: Reprodução Youtube)

Há 32 anos, não passava pela cabeça de Nani Venâncio que sua performance na abertura da novela “Pantanal” fosse render a ela um título, dois prêmios e um “trauma”. A atriz e apresentadora, hoje aos 53 anos, foi, durante anos, chamada de Mulher Onça, já que se transformava no animal selvagem diariamente, protagonizando, inclusive, um nu frontal.

“Não sabia que ia aparecer. Tiramos o tapa-sexo porque o elástico me apertava demais e ficou marcado na gravação. Me disseram que tudo bem tirar porque ia passar só a lateral do corpo na TV. Dia da estreia, minha casa cheia de amigos, ainda morava no Leblon, e algumas pessoas do elenco lá. E quando apareço, estou nua. Foi um choque”, relembra Nani.

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Ela ganhou fama, mas perdeu o marido na época, o então Paquito Gigio. A abertura recebeu duas premiações internacionais inéditas para o Brasil, uma nos EUA e outra no Japão. Mas a onça, comparada a atriz pelos traços do rosto, demorou para “desencarnar” de sua vida artística e pessoal. “Fiquei anos sem usar roupa animal print. As pessoas me apontavam o tempo todo, ‘olha a mulher onça ali!’. Parecia que era a única coisa que eu tinha feito” conta Nani, que era apresentadora contratada pela Rede Manchete, onde a primeira versão da novela foi produzida, quando foi alçada ao posto de musa da abertura.

Ela diz que sentiu falta de ter alguma alusão à abertura original que fez nesta segunda versão, que estreou na última semana. “Nem que fosse o olhar da atriz que vai viver a Juma (Alanis Guillen). Acho que faltou isso aí. Mas entendo que não quiseram mexer num clássico”, pondera.

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Para chegar ao resultado da abertura original, Nani passou a madrugada numa jaula com a onça em questão e o domador dela. “Não sei de onde veio a coragem. Eu tinha que imitar os movimentos da onça. Eu ficava do lado dela. Só havia eu, ela e o domador, que dizia para eu ficar tranquila. Olha o risco que corri!”, relembra, às gargalhadas.

Depois disso, Nani já virou um boto, arara, cobra e por aí vai. “Deve ser alguma coisa com meus ancestrais índios”, especula.