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Crítica: Adeus, Professor | Google Play

Eu sou fã incondicional de Johnny Depp, e isso vêm bem antes dele ser catapultado…

(Foto: Reprodução/Internet)

Eu sou fã incondicional de Johnny Depp, e isso vêm bem antes dele ser catapultado ao sucesso mundial com “Piratas do Caribe”. Mas, apesar de fã, confesso que na última década suas escolhas foram um tanto quanto equivocadas. Filmes péssimos como “O Turista”, “Transcendence”, “Tusk” “Yoga Hosers” aparecem em vista, passando por obras que, particularmente, considero apenas ok como: “Alice no País das Maravilhas 1 e 2”“Diário de Um Jornalista Bêbado”, “Os Crimes de Grindelwald”, “Mortdecai” e “Sombras da Noite”.

Já “Caminhos da Floresta” e “Assassinato no Expresso do Oriente” eu gosto muito mas em ambos foram apenas participações rápidas. Aprecio demais “Aliança do Crime” e sua atuação na animação “Rango” é excepcional. Tudo isso só nos últimos dez anos. Além claro dos dois exemplares mais fracos de Piratas do Caribe, o capítulo 4 e 5.

E com tantas polêmicas em sua vida pessoal ultimamente, o ator está tentando voltar às origens da carreira e protagonizar obras menores, independentes. Ele participou de “À Espera dos Bárbaros” com Mark Rylance e Robert Pattinson. Protagonizou “City of Lies” (filme sobre a morte do rapper Tupac), o inédito “Minimata” e este drama/comédia intitulado “Adeus, Professor”.

Na trama, Richard (Depp) é um professor universitário totalmente desanimado com tudo. Sua esposa o trai com seu chefe e a filha pouco quer saber de sua pessoa. Mas certo dia, tudo muda após descobrir que tem uma doença terminal. Diante disso, Richard liga o foda-se e escolhe aproveitar cada momento da vida e com intensidade.

É uma história simples mas com grande potencial para um filme motivacional melodramático e envolvente. Infelizmente, a direção de Wayne Roberts é tão perdida e desinteressante, que o longa perde todo o potencial de criar algo bacana e memorável. Não há impacto, emoção ou cenas triunfais que faça o público se arrepiar com a história. A mensagem do roteiro termina vazia e esquecível. E Johnny Depp completamente desperdiçado.

Depp até se esforça na parte cômica e em trazer simpatia ao personagem. De certo modo consegue, e mais por sua pessoa. Já se depender do roteiro, a jornada de Richard não emociona e falta ritmo, falta escopo, falta ‘combustível’ para mexer as engrenagens. É uma Sessão da Tarde ‘assistível’, podemos dizer, mas muito longe do que poderia ter sido.

Filme está disponível para alugar no Google Play.

The Professor/EUA – 2018

Dirigido por: Wayne Roberts

Com: Johnny Depp, Rosemarie deWitt, Odessa Young…

Sinopse: Richard (Johnny Depp) é um professor universitário que é diagnosticado com uma doença terminal e tem sua vida transformada da noite pro dia. Se sentindo tão próximo do fim, ele decide jogar todo tipo de convenção pela janela e viver sua vida o mais intensamente e com maior liberdade possível, sem nenhuma preocupação.