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Crítica: O Culpado (2021) – Netflix

“O Culpado”, disponibilizado recentemente na Netflix, é a versão norte-americana de um filme dinamarquês lançado…

(Foto: Reprodução/Netflix)

“O Culpado”, disponibilizado recentemente na Netflix, é a versão norte-americana de um filme dinamarquês lançado em 2018 e aqui no Brasil recebeu o nome de “Culpa”. O mais interessante em ter assistido ao original, e agora a este remake, é justamente analisar os diferentes tipos de cinema. Não que um seja melhor do que o outro, mas é interessante colocar em pauta como o cinema europeu (no caso em questão a Dinamarca) e o cinema Hollywoodiano abordam uma mesma história.

Na trama de “O Culpado”, Joe Bayler (Jake Gyllenhaal) é um policial que trabalha na central de chamadas de emergências da cidade de Los Angeles. Durante um dia de incêndio florestal, ele recebe a ligação de uma mulher pedindo ajuda porque foi sequestrada. Diante do que pode fazer atrás de um computador e com um telefone, Joe tenta insistentemente ajudar a mulher a fugir de seu possível sequestrador.

O enredo de ambos os filmes é praticamente o mesmo. Na versão norte-americana acrescenta-se sutis comentários sociais referente ao papel de um policial na sociedade, principalmente porque a obra é dirigida por um preto (Antoine Fuqua) e reflete, obviamente, os últimos acontecimentos envolvendo policias no EUA. Mas a resolução da trama se desenrola igual, com até uso de falas idênticas ao original e também o fato de ser estranho uma mulher ter sido sequestrado e continuar falando ao celular com facilidade – um questionamento que não é realizado em nenhum dos filmes – mas ok, jogo segue.

Como disse lá no primeiro parágrafo, a diferença de estilos é um exercício interessante de se fazer. Enquanto o filme dinamarquês é mais denso, lento e reflexivo em sua narrativa, a versão dos EUA é mais energética e dinâmica. Isto pode ser visto, principalmente, em como cada ator encarna seu personagem. Ambos possuem o mesmo conflito e resolução, mas Jakob Cedergreen, na versão dinamarquesa, reprime suas emoções e exala seus sentimentos através de olhares e sutis movimentos com a mão. É um atuação cheia de nuances e detalhes. Já Jake Gyllenhaal, na versão estadunidense, é mais espalhafatoso. É uma atuação mais estourada que possui suas qualidades, mas gosta mais de aparecer (principalmente no ato final em que Gyllenhaal força tanto o rosto mas nenhum lágrima sai).

Em minha opinião, com suas semelhanças e diferenças, ambos os projetos são válidos e envolventes. Nenhum dos dois são perfeitos, mas ambos conseguem surpreender e prender a atenção com uma história que se passa totalmente dentro de um escritório.

The Guilty/EUA – 2021

Dirigido por: Antoine Fuqua

Com: Jake Gyllenhaal, Ethan Hawke, Riley Keough, Peter Sarsgaard, Paul Dano…

Sinopse: The Guilty acompanha o policial Joe Bayler (Jake Gyllenhaal) em um dia tedioso na central de chamadas de emergência 911. Bayler foi punido e rebaixado, por isso vive sempre rabugento. Um dia emquestão, após ficar atendendo chamadas de emergência enquanto acontece um incêndio florestal que vai se aproximando da cidade de Los Angeles, Califórnia, EUA, ele recebe uma chamada inusitada. A princípio uma mulher (Riley Keough) parece estar chamando seu filho, mas na verdade está discretamente reportando seu próprio sequestro. Tentando encaixar cada detalhe vago que ela dá, Bayley precisa colocar a cabeça para funcionar para garantir sua segurança, jogando todas as suas habilidades e intuição, mas a partir que o crime começa a se revelar, mostrando sua verdadeira natureza, o psicológico do polical começa a se enfraquecer, mas precisa se forçar para se reconciliar com demônios do passado.

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