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Serra Dourada nos planos para 2022

O que seria do futebol se não fossem as torcidas. No estádio, de preferência, para…

Estádio Serra Dourada
Serra Dourada passou por reformas e está apto para receber jogos oficiais. Foto: Rosiron Rodrigues - Goiás EC

O que seria do futebol se não fossem as torcidas. No estádio, de preferência, para alimentar a rivalidade, que transformou este esporte em uma paixão universal. Mas já algum tempo, por medida de segurança ou por estratégia de negócio, a rivalidade sadia, que se via nos estádios, praticamente acabou. São jogos de uma só torcida. Isso levou os clubes a mandar suas partidas em seus próprios estádios, mesmo que deixem a desejar em termos de conforto. Torcida rival só se for em pequeno número e com ingresso bem mais caro.

Foi se o tempo em que torcidas de grandes clubes, como Flamengo, São Paulo, Vasco, Corinthians e outras, vindas de Brasília e de outros locais, invadiam o Serra Dourada em jogos contra times goianos. Aliás, o maior palco do futebol goiano não recebe jogos oficiais há dois anos, por causa da pandemia e também por falta de interesse dos clubes. Os próprios clássicos locais viraram jogos de torcida única. Acabou-se a rivalidade nos estádios.

A notícia de que o Serra Dourada será reformado pelo governo do Estado é uma oportunidade para repensar esta situação. O Goiás, por exemplo, com sua grande torcida e com o Estádio da Serrinha, ainda dependendo de novas obras para abrigar um grande público, com conforto, certamente terá dificuldades para receber muita gente em jogos de grande porte. A previsão de início é para o fim de janeiro e término entre abril e junho.

O Vila Nova, dependendo da campanha na Série B, também arrastará multidões para seus jogos. O OBA não cabe. Falta estacionamento. Falta conforto para o torcedor. Além disso, o Serra Dourada é muito mais imponente. Time grande precisa de estádio grande. O próprio Atlético, que tem jogado no Estádio Antônio Accioly, já admite levar as grandes partidas para o Serra Dourada.

Se as taxas são altas para mandar jogos no Serra Dourada, que se tente uma negociação com a Secretária de Esportes e Lazer. Se o governo, anunciou um investimento de R$ 9 milhões para reforma daquela praça, é porque tem interesse em retomar os eventos e ter o público de volta.

Caso contrário, o Gigante Serra Dourada, que já foi orgulho dos goianos, ficará obsoleto. O futebol goiano está crescendo e ficará maior ainda se tiver um grande palco para jogar. Que a reforma seja rápida. O futebol agradece.