Ibope não causou surpresa, diz coordenador da campanha de Maguito

A pesquisa Ibope, divulgada na última terça-feira (24), indicou a liderança do candidato a prefeito de Goiânia Maguito Vilela (MDB) com 63% dos votos válidos contra 37% de Vanderlan Cardoso (PSD). Coordenador da campanha do emedebista, Agenor Mariano afirma que a pesquisa não causou surpresa. “Trabalhamos com pesquisas internas, fizemos quatro desde o fim do primeiro turno.” Segundo ele, os resultados eram parecidos.

“Nossa última, na verdade, deu uma pequena diferença, mas dentro da margem de erro. Então, monitoramos de perto para que não haja surpresa.” Ele afirma, inclusive, que não houve surpresa no resultado do primeiro turno, quando o ex-governador fez 36,02% contra 24,67%. Agenor lembra que, nas primeiras pesquisas, o emedebista chegou a aparecer com 13 pontos de desvantagem. “A nossa estratégia foi não questionar, sabíamos que a verdade iria aparecer.”

O coordenador reforça que, independente do estilo de campanha, “disputa é disputa e nada do que se fala levamos para o lado pessoal”.

Ausência

Segundo Agenor, com a ausência do cabeça da chapa majoritária, a campanha precisou se reinventar. “Fazíamos dois palanques móveis por dia, passamos para 16. Somando com ‘bandeiraços’, em um dia da última semana antes do primeiro turno fizemos 57 atividades. Enxergamos um horizonte que antes não enxergávamos, devido a ofuscação pela presença do candidato. Mas percebemos que todas as ações são importantes.”

Para ele, ter o “luxo” de ter um candidato majoritário presente não pode impedir outras ações. “Gastou-se tempo com o planejamento, ouvindo pessoas, mas depois disso veio resultado [com a virada no primeiro turno]. Então, não precisamos mudar de estratégia. O resultado das pesquisas é para nortearmos a campanha. Não queremos inventar a roda, só entender o que o eleitor quer.” Para ele, essa situação mostra que Maguito é um líder, pois mesmo não estando presente motiva pelas ideias.

Maguito Vilela

O emedebista foi hospitalizado em 19 de outubro, no Hospital Órion, em Goiânia – dois dias após testar positivo para a Covid-19. No dia 27 de outubro, ele foi internado na UTI do Hospital Albert Einstein para tratar uma inflamação nos pulmões. No último dia 30 ele foi intubado após apresentar quadro de insuficiência respiratória e, então, extubado em 8 de novembro. No dia da eleição (15), ele foi novamente intubado após piora no quadro pulmonar.

Na última segunda-feira (23), contudo, ele apresentou melhora e passou a fazer o uso mínimo do equipamento de respiração mecânica. Na terça, ele passou por uma traqueostomia, devido o tempo de intubação.