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Juiz admirável, ministro ruim, diz Vitor Hugo sobre Moro

“Moro conquistou a admiração como juiz, mas teve um papel ruim como ministro”, disse o…

Projeto de deputado por Goiás, que pode prejudicar merenda, foi feito com lobby do agro
Projeto de deputado por Goiás, que pode prejudicar merenda, foi feito com lobby do agro (Foto: Maryanna Oliveira - Câmara Federal)

“Moro conquistou a admiração como juiz, mas teve um papel ruim como ministro”, disse o major Vitor Hugo (PSL) ao Podcast Poder em Jogo, do Mais Goiás, que vai ao ar na próxima segunda-feira.

Segundo o deputado federal, o hoje pré-candidato à presidência da República, Sergio Moro (Podemos), “não soube ser leal ao presidente Bolsonaro”. Ainda de acordo com ele, o ex-ministro da Justiça mostrou ser desarmamentista e não protegeu a população brasileira, como titular do Ministério.

“E não acho que configura ameaça”, emenda sobre a pré-candidatura. “Mas é um ator posto, apesar de não acreditar em terceira via.”

Na opinião de Vitor Hugo, as eleições vão polarizar entre Lula (PT) e Bolsonaro (PL), com a vitória do atual presidente. “Vai dar mais uma derrota à esquerda.”

Moro deixou o governo com críticas

Em abril de 2020, durante coletiva em que anunciou a decisão de se demitir do cargo de ministro da JustiçaMoro condenou a interferência política de Bolsonaro na Polícia Federal e disse que, nos governos Lula e Dilma, a Polícia Federal (PF) tinha autonomia.

Ainda naquele momento, o ex-juiz disse que o presidente não apresentou argumentos técnicos que justificassem a exoneração do diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, publicada no Diário Oficial daquele mês.

“Falei com presidente que seria interferência política, e ele disse que seria mesmo. Presidente me disse mais de uma vez expressamente que queria ter uma pessoa do contato dele, que ele pudesse ligar, ter informações, colher relatórios de inteligência. Seja diretor, seja superintendente, não é papel da Polícia Federal prestar esse tipo de informação. Imagina se durante a própria Lava-Jato, ministro ou diretor-geral, ou a presidente Dilma ou o ex-presidente Luiz (Lula) ficassem ligando para o superintendente…. Autonomia da PF é valor fundamental. Grande problema não é quem entra, mas por que alguém entrar. Eu fico na dúvida se vai conseguir dizer não (a Bolsonaro) em relação a outros temas”, declarou.

Já em 10 de novembro deste ano, o ex-ministro da Justiça se filiou ao Podemos e deu sinais claros de que será candidato à presidência, em 2022. Em discurso, ele declarou que, “se for necessário assumir a liderança nesse projeto, meu nome sempre estará à disposição do povo brasileiro”.  

Em abril de 2020, durante coletiva em que anunciou a decisão de se demitir do cargo de ministro da Justiça, Moro condenou a interferência política do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Polícia Federal

Em abril de 2020, durante coletiva em que anunciou a decisão de se demitir do cargo de ministro da Justiça, Moro condenou a interferência política de Bolsonaro na PF (Foto: Wilson Dias – Agência Brasil)

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