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Médicos da Índia pedem que população não use esterco contra Covid-19

Enquanto aqui no Brasil o Ministério da Saúde (MS) retirou do ar o documento que…

Médicos da Índia pedem que população não use esterco contra Covid-19
(Foto: Reprodução Youtube)

Enquanto aqui no Brasil o Ministério da Saúde (MS) retirou do ar o documento que orientava médicos sobre uso da cloroquina no tratamento contra Covid-19, na Índia os profissionais da saúde estão preocupados com outro método ineficaz de proteção. Acontece que, diversas pessoas no país estão espalhando esterco de vaca pelo corpo pensando ser uma forma de prevenção contra o vírus.

E mais! Os médicos alertam também que fazendo isso a pessoa pode correr o risco de se contagiar com outras doenças.

No estado de Gujarat, por exemplo, algumas pessoas têm ido semanalmente a currais para cobrir o corpo de esterco e urina de vaca. A esperança deles não é somente que isso fortaleça a imunidade contra o vírus mas também que possa ajudar na recuperação da doença para os que já estão infectados.

Vale lembrar que, a vaca é um animal sagrado no hinduísmo e, durante séculos, os adeptos da religião usaram esterco de vaca em diversos rituais religiosos.

O médico J.A. Jayalal, presidente da Associação Médica Indiana, afirmou que “não há nenhuma comprovação científica de que esterco e urina de vaca fortalecem a imunidade contra a Covid-19″.

“Doenças dos animais podem contaminar os humanos. Além disso, há aglomeração de pessoas nesses rituais, o que vai contra as orientações para evitar a disseminação da Covid”, afirmou.

A comunidade médica da Índia e de outros países já avisaram que tratamentos sem eficácia contra Covid-19 podem levar a uma falsa sensação de segurança e piorar a situação epidemiológica.

O coronavírusinfectou mais de 22,6 milhões de pessoas na Índia. Especialistas médicos dizem que os verdadeiros números de casos e mortes por covid-19 devem ser muito mais altos do que as contagens oficiais.

A Índia ainda não impôs um bloqueio nacional como fez durante sua primeira onda no ano passado, mas cerca de metade de todos os seus estados impôs um bloqueio total. O resto está em desligamento parcial.

*Com informações do G1