CONDENAÇÃO

Justiça condena idoso acusado de matar esposa após 47 anos de casamento, em Goiânia

O tribunal do júri condenou um idoso de 74 anos a 12 anos de reclusão…

Goiânia: Justiça condena a 9 anos de prisão homem que matou esposa após 47 anos de casados (Foto: Reprodução)
Goiânia: Justiça condena a 9 anos de prisão homem que matou esposa após 47 anos de casados (Foto: Reprodução)

O tribunal do júri condenou um idoso de 74 anos a 12 anos de reclusão em regime fechado nesta sexta-feira (14). Ele é acusado de matar a companheira com quem teve um casamento de 47 anos. O crime ocorreu em dezembro de 2018, no Residencial Real Conquista, em Goiânia.

Segundo Jesseir Coelho de Alcântara, juiz responsável pelo júri e pela dosimetria da condenação, Francisco Mariano do Nascimento deverá cumprir a pena na Penitenciária Odenir Guimarães, em Aparecida de Goiânia. “Merece o acusado aguardar o trânsito em julgado da sentença preso no estabelecimento prisional em que se encontra, em razão da condenação e em função de persistirem os motivos ensejadores da prisão.”

Durante interrogatório, o réu disse que se arrependia do fato. “Antes tivesse morrido”, declarou ao juiz. Cabe recurso.

Caso

Segundo consta nos autos, Francisco Mariano do Nascimento passou a desconfiar de uma suposta traição por parte da esposa Maria da Conceição Silva do Nascimento. No dia anterior ao crime, o acusado se recusou a ingerir o remédio que usualmente tomava para dormir com receio da esposa sair para se encontrar com outro homem.

Na noite em questão, o casal dormiu junto, como de costume, mas o denunciado ainda se encontrava obcecado com a ilusão de traição.

Assim, por volta das 6h da manhã do dia 30 de dezembro de 2018, Francisco se levantou, foi até a cozinha, pegou uma faca e retornou ao quarto onde a companheira despertava do sono. Em seguida, deu vários golpes de faca contra a mulher.

Na sequência, confessou o crime a vizinhos e ao filho, que residia nos fundos do imóvel do autor.

Depois disso, ele pegou o carro e saiu, tendo sido preso quando entrava no estacionamento da Central de Flagrantes, onde afirmou que iria se entregar.