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Em Goiânia, PF deflagra 2ª fase da operação que apura fraudes no auxílio emergencial

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (13) a segunda fase da operação Et Caterva,…

Em Goiânia, PF deflagra 2ª fase da operação que apura fraudes no auxílio emergencial
Em Goiânia, PF deflagra 2ª fase da operação que apura fraudes no auxílio emergencial (Foto: Reprodução/PF)

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (13) a segunda fase da operação Et Caterva, que apura fraudes no benefício Auxílio Emergencial e em precatórios judiciais em Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e outros nove Estados. Desta vez, as investigações aconteceram em Goiânia e em Ipiaçu (MG).

No dia 31 de março, os federais realizaram a primeira fase da operação. Após análise parcial dos itens apreendidos, os policiais descobriram a participação de outros integrantes do esquema criminoso, o que desencadeou a 2ª fase da operação nos referidos municípios.

Esta fase culminou em três mandados de busca e apreensão, sequestro de bens e dois mandados de prisão preventiva. Durante a operação, os policiais apreenderam centenas de celulares nas residências dos envolvidos. “Suspeita-se que os aparelhos sejam utilizados no cadastramento do aplicativo Caixa Tem, a fim de efetuar os saques das parcelas do auxílio emergencial”, informa a PF.

Primeira fase

A Polícia Federal (PF) deflagrou, no último dia 31, uma operação para combater fraudes no Auxílio Emergencial e em precatórios judiciais em 12 Estados. Durante a ação, os policiais recuperaram R$ 800 mil em Goiás.

No total, 12 pessoas foram presas, foram cumpridos 77 mandados de busca e apreensão e sequestro de bens, além de nove medidas de suspensão do exercício da função pública. Três prisões aconteceram em Goiás; uma no Mato Grosso; três em Minas Gerais; três em São Paulo; uma no Rio de Janeiro; e uma no Pará.

Esquema

A investigação apontou que a organização criminosa atraía servidores de instituições bancárias, que forneciam informações sobre os documentos à disposição para o saque. Também foi constatada a participação de um servidor do Tribunal Regional Eleitoral do Mato Grosso. “O grupo investigado é composto por um número significativo de pessoas, dentre elas advogados e funcionários públicos”, informou a PF.

Os policiais descobriram, ainda, que o esquema criminoso criava documentos falsos, os quais eram forjados com os dados dos beneficiários dos precatórios e as fotografias dos estelionatários, que iam ao banco para realizar os saques. Depois disso, o dinheiro era depositado em diversas contas, com o intuito dos suspeitos não serem descobertos.

Início

Em razão da pandemia, em 2020, houve a interrupção temporária dos pagamentos dos documentos judiciais. Foi quando a organização criminosa passou a cometer fraudes nas parcelas do Auxílio Emergencial. Foram efetuados aproximadamente 1.570 saques do benefício entre os meses de abril de 2020 e março de 2021, o que resultou em prejuízo superior a R$ 1.300 milhões.

*Com informações da Polícia Federal (PF)