Hospital de Anápolis vai indenizar gari que se feriu com seringa no lixo

A justiça condenou um hospital a pagar uma indenização de R$ 15 mil a um homem que furou a mão com uma seringa enquanto recolhia o lixo em Anápolis, a cerca de 60 km de Goiânia. O objeto havia descartado de forma irregular e, de acordo com os autos, o hospital se negou a prestar atendimento na hora do incidente.

De acordo com o processo o caso aconteceu em maio de 2018, nas dependências do Hospital Evangélico Goiano (HEG). Durante o serviço de coleta de lixo, o homem acabou perfurando a mão por causa de uma seringa descartada de forma irregular, em lixo comum. A situação, de acordo com a defesa dele, causou angústia com o risco de infecção e o obrigou a tomar um coquetel de remédios para a prevenção de doenças.

Um colega de trabalho testemunhou no caso afirmando que estava com ele no dia, que precisaram entrar dentro do hospital e que a atribuição era para recolhimento de lixo comum. A testemunha ressaltou ainda que o hospital recusou assistência solicitada logo após o acidente e que o trabalhador foi constrangido no ambiente de trabalho e por não poder se relacionar sexualmente com a esposa.

O juiz responsável pelo caso, Leonys Lopes Campos da Silva, afirmou que o trabalhador conseguiu provar que houve descarte irregular e que isso causou abalo moral nele. “[…] o descarte irregular do lixo e perfuração da mão ocasionou ao autor indelével abalo moral, decorrente de angústia e aflição ante o risco de contágio, humilhação em ambiente de trabalho e tratamento necessário, ainda que posteriormente não tenha sido constatada nenhuma patologia transmissível”.

O Mais Goiás tentou contato com o HEG, mas as ligações não foram atendidas. O espaço está aberto para manifestação.