MORTO-VIVO

Preso trio suspeito de ‘falsificar morte’ para quitar apartamento de R$ 620 mil

A Polícia Civil de Goiás prendeu, de maneira preventiva, dois homens e uma mulher suspeitos…

Preso trio suspeito de falsificar morte para quitar apartamento com seguro bancário. Após o crime investigados dividiram os bens. (Foto: divulgação/PC)
Preso trio suspeito de falsificar morte para quitar apartamento com seguro bancário. Após o crime investigados dividiram os bens. (Foto: divulgação/PC)

A Polícia Civil de Goiás prendeu, de maneira preventiva, dois homens e uma mulher suspeitos de falsificar uma certidão de óbito para quitar um apartamento de R$ 620 mil. Além de receber o dinheiro referente ao imóvel e ficar com o local mesmo sem ter pago, o trio também recebeu valores por conta de um seguro de vida. As prisões ocorreram na última semana. Um dos investigados já cumpre pena no Complexo da Papuda, no Distrito Federal (DF).

De acordo com a corporação, o primeiro investigado é um homem identificado como J.M.M.L.. Ele teria comprado um apartamento financiado junto a um banco, no valor de R$ 620 mil, além de contratar seguro de vida no valor de R$ 100 mil.

A investigação aponta que, logo após o financiamento do imóvel, um segundo investigado, de nome M.L.P.N., que tinha acesso a servidores de cartórios espalhados pelo país, obteve uma Certidão de Óbito falsa em nome de J.M.M.L.. Toda a documentação foi entregue à I.O.C., esposa do primeiro investigado.

Munida da documentação, a esposa do susposto falecido conseguiu judicialmente a quitação do apartamento. Assim, o banco depositou R$ 623 mil na conta da família. Dessa forma, o trio conseguiu um apartamento, mesmo sem ter pago pelo imóvel, e ainda recebia dinheiro do seguro de vida.

Com o sucesso do crime, o casal ficou com todo o dinheiro do seguro de vida e o outro homem passou a viver no apartamento, já quitado pelo banco.

J.M.M.L. vivia atualmente com o nome de Raul e cumpria pena no Complexo da Papuda. Porém, sua real identidade foi provada tecnicamente e ele responderá por estelionato, associação criminosa e uso de documento falso, delitos que os demais investigados também responderão.

Prisões

De acordo com o delegado Gil Bathaus, responsável pelo caso, todo o plano foi arquitetado pelo investigado que tinha acesso à servidores de cartórios. Ele foi o primeiro a ser preso, no último dia 17 de junho.

Já o casal foi detido no dia 18 de junho. A mulher se encontrava em Granja do Torto, no Distrito Federal, e o marido dela estava preso na Papuda, também no DF.

Segundo o investigador, a ação judicial do seguro de vida está em andamento, mas os advogados do banco já apresentaram ao Judiciário fatos novos. O sequestro do apartamento também foi solicitado pela autoridade policial e acatado pelo Poder Judiciário.