ABUSO SEXUAL

Sargento suspeito de estuprar jovem em Mineiros é condenado à prisão

A Justiça Militar mandou prender um sargento suspeito de estuprar uma jovem de 27 anos,…

Fachada do sétimo batalhão da PM. Foto ilustra a chamada Sargento suspeito de estuprar jovem em Mineiros tem prisão ordenada pela Justiça
Sargento suspeito de estuprar jovem em Mineiros tem prisão ordenada pela Justiça (Foto: Divulgação/PM)

A Justiça Militar mandou prender um sargento suspeito de estuprar uma jovem de 27 anos, após insistir para dirigir o carro dela na saída de um bar, na cidade de Mineiros, no sudoeste do estado. Bruno Rocha Prado foi denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) por atentado violento ao pudor. Além dele, o cabo José dos Reis Gonçalves também foi denunciado, pois segundo o MP, teria deixado de praticar um “ato de ofício, para satisfazer interesse pessoal”.

Segundo a denúncia, o sargento dirigiu o carro da vítima até a casa dela e forçou a própria entrada na residência dela. Em seguida, levou a mulher para o quarto contra a vontade dela, retirou sua roupa íntima e praticou os abusos sexuais.

Ainda segundo a denúncia, Bruno entregou a condução da viatura para José dos Reis, que não tem habilitação. O cabo aguardou a saída do colega do lado de fora da residência, por aproximadamente 10 minutos, segundo a acusação.

O Mais Goiás não localizou as defesas dos acusados até a publicação desta reportagem, para que eles se manifestem sobre o caso. Atualmente o processo corre em segredo de Justiça e, por isso, a reportagem ainda não conseguiu confirmar se os militares já foram presos.

Sargento suspeito de estuprar jovem responderá por cinco crimes

Bruno Rocha, sargento suspeito de estuprar a jovem, responderá por cinco crimes. Já o cabo José dos Reis foi denunciado apenas pelo artigo 319, do Código Penal Militar. Confira abaixo todas as acusações contra o sargento.

  • Artigo 233 do Código Penal Militar: constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a presenciar, a praticar ou permitir que com ele pratique ato libidinoso diverso da conjunção carnal;
  • Artigo 237: nos crimes previstos neste capítulo, a pena é agravada, se o fato é praticado, inciso II por oficial, ou por militar em serviço;
  • Artigo 319: retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra expressa disposição de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal;
  • Artigo 79: crime continuado (quando o agente, mediante uma só ou mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, as penas privativas de liberdade devem ser unificadas);
  • Artigo 310: permitir, confiar ou entregar a direção de veículo automotor a pessoa não habilitada, com habilitação cassada ou com o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por seu estado de saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja em condições de conduzi-lo com segurança, do Código de Trânsito Brasileiro.

Entenda como aconteceu a abordagem do sargento suspeito de estuprar a jovem

Ao Ministério Público, a mulher contou que após sair de um bar, dirigia com um copo de vidro entre as pernas, dentro o copo havia cerveja. Porém, o copo quebrou, e os cacos feriram a coxa e a mão esquerda da vítima. Por esse motivo, ela afirmou que parou o veículo para se limpar, momento em que o sargento a abordou.

Imagem mostra uma cadeira de fios. Entre os fios é possível ver os pés da vítima, que sente medo após os abusos. A foto ilustra a notícia: Sargento suspeito de estuprar jovem em Mineiros tem prisão ordenada pela Justiça

Sem reação diante da atitude do sargento e por medo, a vítima diz que obedeceu às ordens de tirar a roupa e se deitar na cama (Foto: Reprodução – Corregedoria da PM)

Embora a mulher estivesse embriagada, o militar não fez o registro da ocorrência. Segundo o MP, ele apenas a repreendeu e se ofereceu para levá-la em casa. No entanto, durante o percurso até a casa dela, ele se aproveitou de seu estado de fragilidade e acariciou suas pernas. A vítima afirma que, inclusive, afastou a mão do policial.

“Você não tem reação nem para se defender. Você fica pensando: ‘O cara está armado. Se eu fizer alguma reação, me leva presa e fala que fui eu que agredi’. Você fica naquele pensamento todo o tempo. Não sabe o que faz”, desabafou a mulher na denúncia.

Sem reação diante da atitude do sargento e por medo, a vítima diz que obedeceu às ordens de tirar a roupa e se deitar na cama. A denúncia ainda relata que, neste momento, aconteceu o estupro.

*Informações do G1

*Larissa Feitosa compõe programa de estágio do Mais Goiás sob supervisão de Hugo Oliveira.