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Bill Gates nega que investigação sobre caso extraconjugal tenha relação com sua saída do conselho da Microsoft

Bill Gates negou que uma investigação da Microsoft sobre um “relacionamento íntimo” com uma empregada…

Cofundador da Microsoft, Bill Gates, é um dos homens mais ricos do mundo. (Foto: Reprodução)
Cofundador da Microsoft, Bill Gates, é um dos homens mais ricos do mundo. (Foto: Reprodução)

Bill Gates negou que uma investigação da Microsoft sobre um “relacionamento íntimo” com uma empregada da empresa de tecnologia duas décadas atrás tenha afetado de qualquer maneira sua decisão de sair do conselho da companhia, no ano passado.

Depois do anúncio duas semanas atrás de que Bill e Melinda Gates se divorciariam, encerrando um casamento de 27 anos, a mídia americana noticiou no fim de semana abordagens de Gates a empregadas tanto da Microsoft quanto da fundação de caridade que ele dirige com sua Melinda Gates.

A Microsoft iniciou em 2019 uma “revisão” sobre um relacionamento entre seu cofundador e ex-presidente executivo, Gates, e uma empregada da companhia, 20 anos atrás.

“A Microsoft recebeu um aviso na segunda metade de 2019 de que Bill Gates havia tentado iniciar um relacionamento íntimo com uma empregada da empresa em 2000”, afirmou a Microsoft em comunicado na segunda-feira. “Um comitê do conselho revisou a informação, com a ajuda de um escritório de advocacia externo, para conduzir uma investigação completa”.

O bilionário anunciou em março de 2020 que renunciaria ao seu assento no conselho da Microsoft para dedicar mais tempo à filantropia, mas que “continuaria a se engajar com o presidente-executivo Satya Nadella”.

“Houve um caso quase 20 anos atrás, que terminou amistosamente”, informou um porta-voz de Gates em comunicado. “A decisão de Bill de deixar seu posto no conselho não teve qualquer relação com esse assunto. De fato, ele havia expressado interesse em dedicar mais tempo às suas causas filantrópicas já há alguns anos”.

O The Wall Street Journal foi o primeiro a noticiar a investigação da Microsoft sobre o caso.

O The New York Times noticiou que, depois de seu casamento, em 1994, Gates buscou relacionamentos com mulheres na Microsoft e na fundação Gates. Fontes não identificadas revelaram ao jornal que as abordagens de Gastes haviam causado “desconforto” a diversas mulheres, mas que ele não as havia pressionado.

O porta-voz de Gates disse que quaisquer acusações de “maus tratos a empregados também são falsas”.
Pelas duas últimas décadas, Melinda e Bill Gates dirigiram a maior fundação privada de caridade do planeta, que distribuiu US$ 55 bilhões em doações desde seu lançamento, em 2000.

O casal colocou boa parte de sua fortuna, estimada em US$ 124 bilhões, na fundação, que busca melhorar os serviços de saúde e reduzir a pobreza em todo o planeta.

Bill e Melinda Gates continuarão como copresidentes e conselheiros da fundação. Não há planos de mudar os papéis deles na organização.