Goiano chega à fronteira da Ucrânia com Romênia e aguarda para deixar país

O goiano de Campos Belos que vive na Ucrânia, Gabriel Felipe Costa, está desde sábado (26), na fila de espera para deixar o país rumo a Romênia. Ele chegou durante a tarde com a amiga Cristiane Nedashkovskaya, em Chernivtsi.

Foram três dias desde que ele saiu de sua casa em Kiev, capital do país, com intenção de deixar o país. Segundo informações a fila é longa e praticamente não se mexe.

Segundo Gabriel, isso ocorre pois os agentes da fronteira dão prioridade para os pedestres por causa do frio. “Principalmente mulheres, crianças e idosos.” Ele não informou a temperatura.

Neste momento, eles dividem o carro com dois ucranianos. Ainda não há previsão de chegada na Romênia e faltam cerca de 5 km. A expectativa é que só consigam deixar o país nesta segunda (28).

Durante o percurso, há pontos de doação de comida.

Novidades pelo Instragam

Pelo Instagram, Gabriel tem dado notícias sobre a situação no país e sua “odisseia”. O administrador de seu perfil – pois nem sempre ele tem acesso – escreveu, ainda, no sábado:

“Família e amigos, o Gabriel e a Cris chegaram na fronteira. Ainda não conseguiram atravessar, mas já estão praticamente seguros.

Para aqueles que estão tentando ligar e mandar mensagem , eles estão sem sinal de internet. Mas não se preocupem.

Nos próximos dias eles estarão compartilhando mais sobre tudo o que aconteceu. Por enquanto vamos orar agradecendo pela vida deles e pedir por todos que ficaram.

Atenciosamente, família Modesto.”

Relembre

Morador de Kiev, ao Mais Goiás Gabriel relatou que deixaria o país rumo a Polônia na quinta, mas o voo foi cancelado. Segundo ele, estava dormindo quando ouviu uma explosão.

Ainda na quinta, Gabriel tentou deixou Kiev por metrô rumo a cidade em que mora uma amiga de Belém (PA) – Bila Tserkva -, mas o mesmo ficou fechado por algumas horas. Depois, ele conseguiu ir até ela de carona, onde passou a noite. Desde então, eles tentam deixar o país rumo a Romênia.

Conflito

Vale citar, as tensões entre Rússia e Ucrânia ocorrem há meses, com a possibilidade do segundo país entrar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) – o pacto foi assinado em 1949 com objetivo de impedir o avanço da influência da então União Soviética sobre os países da Europa Ocidental.

Na última quinta-feira, o líder russo Vladimir Putin permitiu uma operação militar no leste da Ucrânia, com bombardeios, próximo às regiões separatistas de Luhansk e Donetsk. Inclusive, o presidente da Rússia reconheceu a independência dessas cidades.