Desvio de dinheiro público

Secretarias e secretários de Formosa são alvo de operação do MP

Na manhã desta terça-feira (12), foram cumpridos nove mandados de busca na Prefeitura de Formosa…

Na manhã desta terça-feira (12), foram cumpridos nove mandados de busca na Prefeitura de Formosa e em uma empresa privada. Seis secretarias, dois secretários e um empresário foram alvos de uma operação do Ministério Público de Goiás (MP-GO).

As secretarias de Obras, Finanças, Administração, Controle Interno, Licitação e Gestão de Contratos estão sob investigação. Os nomes envolvidos são do secretário de Obras, Jorge Saad Neto, o secretário de Finanças, Luis Gustavo Nunes Araújo, e o empresário André Luiz Gontijo de Souza, proprietário da empresa Multi-X. Os dois secretários já entregaram os cargos nesta terça-feira (12).

Denominada Gaugamela, a operação investiga um esquema de desvio de dinheiro público do município entre 2017 e 2018. O principal alvo de análise do MP são os contratos de pavimentação asfáltica que deveriam ter sido feitos pela Multi-X.

Em nota, a assessoria jurídica de Jorge Saad e Luis Gustavo informaram que eles ainda não foram intimados de qualquer decisão judicial e, por isso, não podem comentar o assunto. “Entendem que como servidores públicos estão sujeitos ao controle e reconhecem que as ações de tal natureza fazem parte da obrigação funcional dos membros do Ministério Público, sendo que toda pessoa pública que exerce funções ou cargos junto à administração Pública tem o dever de prestar contas de seus atos”, diz a nota divulgada à imprensa.

O Secretário de Governo de Goiás, Ernesto Roller, afirmou à imprensa que “recebe o pedido de afastamento dos servidores com tranquilidade e espera que tudo seja elucidado o mais brevemente possível”.

Confira a nota completa da defesa de Saad e Luis Gustavo:

Em virtude da ação do Ministério Público de Formosa, na manhã desta terça-feira, 12 de fevereiro, é preciso esclarecer que:
1 – Até o momento, tanto Jorge Saad Neto, Luis Gustavo Nunes, quanto seus advogados, não foram intimados de qualquer decisão judicial, não podendo desta forma, emitir qualquer comentário a respeito de seu conteúdo. Souberam da ação pela imprensa.
2 – Esclarecem que, assim que forem devidamente intimados, apresentarão os esclarecimentos cabíveis, por acreditar na justiça e no Poder Judiciário.
3 – Entendem que como servidores públicos estão sujeitos ao controle e reconhecem que as ações de tal natureza fazem parte da obrigação funcional dos membros do Ministério Público, sendo que toda pessoa pública que exerce funções ou cargos junto à administração Pública tem o dever de prestar contas de seus atos.
4 – E por fim, entregaram seus cargos na Secretaria de Governo até que se esclareçam todos os fatos, certos de que a verdade prevalecerá.
Assessoria Jurídica de Jorge Saad Neto e Luis Gustavo Nunes de Araújo