Comissão da Jordânia pede remoção da série Messiah da Netflix

Segundo o portal Plano News, muçulmanos de uma comissão de cinema na Jordânia (RFC) teriam se revoltado com a série Messiah, da Netflix, e pedido a exclusão da produção do catálogo no país. O programa, produzido pelo casal cristão Mark Burnett e Roma Downey, estreou na última quarta-feira (1), mostra um misterioso líder religioso capaz de [supostos] milagres, que surgiu no Oriente Médio e que passa a ser perseguido pela CIA. Inclusive, alguns tratam como um advento divino semelhante à segunda vinda de Cristo.

Apesar da série ter tido autorização de ser filmada na Jordânia (com o apoio da RFC, inclusive), que é predominantemente muçulmano, a Royal Film Commission (RFC) pediu a retirada  porque o “conteúdo da série pode ser amplamente percebido ou interpretado como uma violação da santidade da religião”.

“A história é puramente fictícia e os personagens também, mas a RFC considera que o conteúdo da série pode ser percebido ou interpretado em grande parte como uma violação da santidade da religião, possivelmente violando as leis do país. Ainda mantendo firmemente seus princípios, notavelmente o respeito à liberdade criativa, a RFC – como instituição pública e responsável – não pode tolerar ou ignorar mensagens que infringem as leis básicas do Reino.”

Na trama, Al-Masih, chama a atenção das autoridades por realizar milagres e reunir seguidores com a mensagem de que foi enviado por um ser divino. Segundo o site Gospel Mais, mesmo antes da estreia, a série já teria sido alvo de críticas por alusão a Jesus Cristo, tendo, até mesmo, sido feita uma petição online com mais de 4 mil assinaturas.

Recentemente, a Netflix do Brasil também polemizou ao fazer um especial de Natal que insinuava que Jesus era gay. Apesar disso, o vídeo foi a produção nacional mais assistida no serviço de streaming, que já renovou um novo programa com a companhia para este ano.